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Região


Congonhas se mobiliza com outdoors por justiça para a garotinha Lívia

Investigação sobre possível negligência médica mobiliza redes sociais e mídia estadual



reprodução redes sociais

 

Um movimento significativo se formou em Congonhas impulsionado por um grupo de WhatsApp onde os pais de Lívia, uma menina de 5 anos que faleceu no início de julho no Hospital Bom Jesus, compartilham sua dor e clamor por justiça. A família da garotinha desabafa dia e noite nas redes sociais, em busca de respostas sobre a morte repentina e inesperada de sua filha.

O caso está atualmente sob investigação judicial e já se encontra no Ministério Público. O Hospital Bom Jesus, onde ocorreu o trágico incidente, pronunciou-se logo após a morte da menina, anunciando a criação de uma Comissão Interna de Óbito para apurar os fatos. Testemunhas e funcionários que estavam de plantão no dia estão sendo ouvidos como parte do processo investigativo.

A principal questão a ser esclarecida é se houve negligência no atendimento à paciente. Lívia, descrita como uma criança saudável, morreu subitamente após se machucar ao brincar com o seu irmão, o que gerou uma onda de revolta e indignação entre a população de Congonhas. Os moradores exigem respostas e justiça para a família da menina.

Mobilização e protestos

A comoção não se limitou às redes sociais. A mobilização da comunidade se estendeu para ações mais concretas. Em uma campanha de arrecadação organizada pelos apoiadores da família, foram instalados outdoors pela cidade, reforçando o pedido por justiça e maior transparência no caso.

Cobertura da mídia

O caso de Lívia Carolina atraiu a atenção da mídia estadual. Diversas emissoras de rádio e TV já estiveram em Congonhas para cobrir o desenrolar da investigação. O público, tanto local quanto estadual, aguarda ansiosamente por notícias e decisões da justiça que possam trazer algum alívio à dor da família.

Enquanto o processo investigativo continua, os congonhenses permanecem unidos em apoio aos pais de Lívia. A instalação dos outdoors e a constante presença da mídia local são indicativos da seriedade com que a população está tratando o caso. A pressão popular mantêm o caso em evidência e asseguram que a demanda por justiça não será esquecida.

Entrevista com a mãe de Lívia

A mãe de Lívia, Raquel Lorena Condé de Lima, conversou com nossa Re­por­tagem. Ela relatou que, na noite de quinta-feira, 4 de julho, Lívia estava com seu irmão, de 12 anos, quando pediu ajuda para sair de um baú, onde estava brincando: “Ela não estava conseguindo levantar a perna para sair; o irmão a pegou, como de costume, e estava tudo certo. No dia 5, pela manhã, ela acordou reclamando de muitas dores na região do braço, mas não tinha inchaço, não tinha edema, era somente uma restrição de movimento e ela também estava gripadinha”, lembrou.

Segundo a confeiteira, Lívia foi avaliada por uma médica, que considerou, em um primeiro momento, tratar-se de um mau jeito: “Ela deixou um encaminhamento, para que, em caso de inchaço ou piora da dor, fôssemos para o hospital Bom Jesus. Mais tarde, observei um pequeno inchaço. Demos entrada no Bom Jesus após as 18h e ela foi atendida por um ortopedista, às 19h30. Com base em um raio x, o médico disse tratar-se de uma luxação, ‘nada preocupante’, e orientou que retornasse para a casa e desse remédio para dor”.

Já em casa, Raquel percebeu que sua filha sentia dores, que foram piorando: Na madrugada, ela começou a gritar de tanta dor; constatei que o inchaço já se concentrava no peito. Quando toquei, ela já estava muito gelada e com os lábios roxos. Voltamos à UPA, onde já aparecia uma mancha roxa na região da clavícula. A UPA tentou contato com o hospital, para uma transferência, mas o Bom Jesus teria informado que não poderia receber minha filha, pois o ortopedista estava em cirurgia. Entramos na UPA por volta das 4h; a ambulância chegou por volta das 6h15 e entramos no hospital às 6h17. O médico desceu às 7h20, com as vestimentas amarrotadas, cabelo bagunçado, olhos remelentos; estava nítido que ele estava dormindo, e quando viu a gravidade do caso, pediu para subir com a menina para a tomografia”, lembrou.

Já em estado grave, Lívia foi transferida para a sala vermelha, de onde não retornou: “Já foram rasgando as vestes dela, fazendo monitoramento. Daí juntou psicólogo, pediatra, o qual prestou todo atendimento. Ele foi muito atencioso com minha filha. Foi esse pediatra, dr. Marcílio, que pediu a transferência dela para o hospital João XXIII. Já o ortopedista não quis assinar o atestado de óbito, só assinou quando o laudo da morte ficou como indeterminado”, alegou.

Segundo Raquel, o caso foi registrado na promotoria e no CRM de Belo Horizonte: “vamos fazer uma manifestação pacífica na sexta-feira, dia 12, pedindo justiça. Estamos aguardando o resultado da autópsia para sabermos o que realmente aconteceu. O socorro não foi prestado a tempo. Lívia estava com uma fratura e o próprio osso obstruiu a artéria, provocando uma trombose. O raio x estava nítido. Se a trombose foi a causa da morte, por que no laudo de óbito não consta isso?”, questionou. “A última lembrança que tenho da minha filha é rindo, correndo, brincando. Ela adorava cantar, era muito cativante e encantava a todos. Era minha alegria diária e minha motivação”, lamentou.

Entenda o caso: https://www.jornalcorreiodacidade.com.br/noticias/36569-congonhas-hospital-bom-jesus-investiga-morte-prematura-de-crianca-de-5-anos

https://jornalcorreiodacidade.com.br/noticias/36621-medico-e-afastado-por-suspeita-de-negligencia-em-caso-de-morte-de-crianca-em-congonhas

 

 




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Postado por Nathália Coelho, no dia 01/08/2024 - 11:50


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