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O ortopedista Tales Carvalho Pereira foi afastado de suas funções pela Secretaria de Saúde de Congonhas, na Região Central de Minas Gerais, devido a suspeitas de negligência médica. A medida foi tomada após a morte de Lívia Carolina Condé, de cinco anos, que ocorreu após atendimento no Hospital Bom Jesus.
A menina sofreu um acidente enquanto brincava com seu irmão de 12 anos no dia 5 de julho, resultando em um machucado no ombro. Inicialmente, ela foi atendida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade e, posteriormente, encaminhada ao Hospital Bom Jesus. No hospital, o ortopedista Tales diagnosticou a criança com uma luxação e a liberou após administração de medicação.
Ao chegar em casa, os pais de Lívia perceberam que sua pele começou a ficar roxa e que ela sentia dores mais intensas. Preocupados, eles retornaram ao hospital, onde ela foi atendida por um pediatra. Segundo relatos dos pais, o pediatra questionou a decisão do ortopedista de liberar a paciente, apontando que o estado de saúde da menina havia se agravado. Infelizmente, horas depois, Lívia faleceu.
A repercussão do caso foi imediata. A Secretaria de Saúde de Congonhas informou que as imagens das câmeras de segurança do Hospital Bom Jesus foram disponibilizadas para a justiça. O atestado de óbito de Lívia apontou morte por "causas indeterminadas". Raquel Lorena Condé Lima, mãe da criança, expressou sua indignação afirmando que o ortopedista se recusou a assinar o atestado de óbito.
A Polícia Civil está investigando o caso, e o advogado da família, Pedro Henrique Vale Mazaro, afirmou que os pais da criança serão ouvidos na próxima semana. Ele destacou que há uma "fundada suspeita" de que a morte da criança foi causada por "omissão de socorro, negligência e imperícia médica". Segundo a denúncia apresentada ao Ministério Público, uma enfermeira afirmou que Lívia sofreu uma trombose seguida de parada cardiorrespiratória.
O Conselho Regional de Medicina (CRM-MG) também está apurando o caso, mantendo o procedimento sob sigilo. O g1 confirmou que o registro do CRM de Tales Carvalho Pereira está regular. Até o momento, o médico não se manifestou publicamente.
A notícia gerou grande repercussão na imprensa local e nacional. Vários veículos de comunicação destacaram a gravidade do caso e a comoção na cidade de Congonhas. Amigos e familiares de Lívia realizaram uma manifestação no Centro de Congonhas, na manhã de sexta-feira (12), clamando por justiça. À noite, uma missa de sétimo dia foi celebrada em memória da menina.
Esse incidente trouxe à tona discussões sobre a qualidade do atendimento médico em hospitais públicos e a necessidade de rigor na apuração de possíveis casos de negligência médica. A sociedade aguarda respostas e providências das autoridades competentes para que casos como este não se repitam.
fonte: G1
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Postado por Nathália Coelho, no dia 14/07/2024 - 07:20