Reprodução internet
A Secretaria Municipal de Educação de Conselheiro Lafaiete, decidiu suspender as atividades escolares relacionadas ao livro "O Menino Marrom", de Ziraldo, após receber críticas de pais que consideraram o conteúdo da obra agressivo. A notícia ganhou repercussão nacional e está nos principais sites como G1, Itatiaia e etc.
A decisão gerou uma onda de reações nas redes sociais. Em um dos comentários na página oficial da prefeitura, uma mulher expressou sua indignação: "Não dá pra acreditar que em 2024 estamos censurando Ziraldo. Esse país está perdido mesmo". Em contrapartida, outra internauta elogiou a suspensão: "Parabéns aos pais que se preocupam e acompanham de perto a educação de seus filhos".
José Carlos Aragão, cartunista mineiro e especialista em literatura infantil, condenou a medida, classificando-a como uma "manifestação de censura a uma obra consagrada". Segundo Aragão, "O Menino Marrom" é uma obra importante que promove a diversidade e a inclusão, temas essenciais para a formação das crianças.
A suspensão do livro nas escolas de Conselheiro Lafaiete levanta questões sobre o papel da literatura infantil na educação e o limite entre proteção e censura. Ziraldo, um dos mais renomados autores brasileiros de literatura infantil, tem suas obras amplamente reconhecidas e premiadas, sendo parte fundamental do patrimônio literário nacional.
Essa situação reflete um debate maior sobre a autonomia das instituições educacionais e o envolvimento dos pais no processo de ensino. Enquanto alguns defendem a proteção dos filhos de conteúdos que julgam inadequados, outros veem tais ações como retrocessos que prejudicam o desenvolvimento crítico e cultural das crianças.
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Postado por Nathália Coelho, no dia 19/06/2024 - 18:08