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Comunidade


Conselheiro Lafaiete e região podem ter cerca de 4 mil autistas



Foto: divulgação


A Afaupa desenvolve projetos de apoio às escolas, em parceria com a Semed 

 

 

Falta de auxílio do Estado, pouco apoio dos equipamentos pú­blicos e despreparo da sociedade são parte da realidade das famílias - o que faz desta uma das bandeiras de luta ser lembrada no Dia das Mães. Foi para tentar mudar essa realidade que, no coração de Lafaiete, um grupo de mães, pais, familiares e amigos se uniram para trocar informações e apoio em relação ao autismo. Liderada por Sheila Maria Lana Larcher, pós-graduada em Gestão de Pessoas e Gestão Empresarial, a Associação de familiares e Autistas Unidos pelo Au­tis­mo (Afaupa) emergiu como uma voz na busca pela inclusão e dignidade. Hoje, a entidade possui 180 associados, sendo 92% mães, 6% pais e 2% amigos e outros parentes.

Conforme explica Sheila Larcher, não há números exatos sobre a incidência de casos do Transtorno do Espectro Autista em nossa cidade e região, mas há uma estimativa: “Na nossa Associação, temos 220 autistas. Há famílias com 2 e 3 filhos no espectro. Nós lançamos uma pesquisa online, mas ela não está concluída. Estima-se em Lafaiete e região existam mais de 4 mil. Estamos em busca de conhecê-los para apoiá-los”, explica.

Entre os desafios enfrentados diariamente, a presidente da Afaupa cita o descumprimento das leis federais no município, impactando negativamente na saúde, educação, lazer, transporte e outros direitos dos autistas. Alguns são flagrantes, como o fato de não haver um neuropediatra que atenda pelo SUS em nossa cidade para avaliar e tratar as crianças. “Quando o assunto é o atendimento especializado – que é tão essencial! – há pouquíssimos profissionais, gerando uma extensa fila para atendimento”, lamenta.

Outra questão que atinge emocionalmente as mães atípicas é o relacionamento de seus filhos na educação. “Ainda precisamos de muitos ajustes para considerarmos uma educação inclusiva de qualidade. Estamos também sendo parceiros, buscando caminhos para a educação inclusiva. Porém, o processo é lento e muito complexo”, pondera.

 

Construindo a realidade 

Enquanto isso, a Afaupa busca alternativas, por meio de parcerias e voluntários para amenizar esses problemas. Um dos principais projetos realizados pela entidade é o "Cuidar de quem cuida", que promove rodas de conversas com a psicóloga Marilene Barbosa, e atendimento gratuito com vários psicólogos e fonoaudiólogos. A Clínica Brincadeira de Criança oferece formação para os pais e alguns atendimentos para crianças. 

A Afaupa também desenvolve projetos de apoio às escolas, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (Semed), possui uma pedagoga e uma nutricionista para atender os associados, uma advogada para orientar as famílias, neuropediatras e neurologista voluntários na associação, além de parceiros, entre profissionais liberais, clínicas e estabelecimentos comerciais, que oferecem bons descontos. 

“Estamos conquistando muitas coisas para nossa Associação, mas posso destacar os Amigos da Afaupa, que são profissionais voluntários e doam atendimentos para nossos associados. Já os Parceiros da Afaupa são profissionais que atendem nossos associados a preços mais acessíveis e estabelecimentos comerciais que nos dão ótimos descontos. São muitas coisas boas acontecendo. Convido a todos a nos seguir no Instagram, (afaupa_cl) para conhecer todos nossos projetos, os amigos da Afaupa e nossos parceiros”, acrescenta Sheila Maria Lana Larcher.

 

Endereço: rua Antônio Aureliano de Rezende, 1930, Oscar Correa (Co­lônia dos Diabéticos)

Contato: 98764-4913




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Postado por Sônia da Conceição Santos, no dia 19/05/2024 - 13:30


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