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Saúde


Saiba as diferenças entre o vírus sincicial respiratório e a influenza



Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil


 

Nos últimos dias, têm sido observados um aumento nos casos de vírus sincicial respiratório (VSR) e influenza em todo o Brasil. Embora os sintomas dessas duas infecções possam ser semelhantes, existem particularidades que ajudam a distingui-las.

O VSR afeta principalmente bebês nos primeiros meses de vida.  Estudos mostram que mais de 95% das crianças serão expostas a esse vírus até completarem um ou dois anos de idade, segundo o presidente do Departamento Científico de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Marco Aurélio Sáfadi.

A manifestação clínica mais comum do VSR é a bronquiolite, caracterizada por febre, tosse e, em casos mais graves, insuficiência respiratória. Já o vírus influenza tem gerado surtos em crianças mais velhas, adolescentes e adultos jovens, com sintomas como febre súbita, dores no corpo e garganta, tosse e coriza.

Embora ambos os vírus possam ser problemáticos para os idosos, especialmente no caso de influenza, que também afeta esse grupo de forma significativa, o VSR é responsável por 80% das bronquiolites e um percentual importante das pneumonias em bebês pequenos.

Para enfrentar esses desafios, Marco Aurélio Sáfadi destaca duas estratégias aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas ainda não disponíveis no Brasil. A primeira é a vacinação da gestante contra o VSR, que protege o bebê ainda no útero. A segunda é um medicamento, um anticorpo monoclonal, que pode ser aplicado no bebê ao nascer, protegendo-o por pelo menos cinco meses.

Essas estratégias, já utilizadas em alguns países, demonstraram reduzir significativamente as taxas de hospitalização por VSR. Sáfadi ressalta a importância de incluir essas medidas nos debates do Ministério da Saúde para proteger as crianças brasileiras dessas doenças.

A introdução dessas novidades no país dependerá de iniciativas, disponibilidade de doses e avaliação de custo, mas seu potencial para proteger as crianças contra infecções respiratórias graves é promissor.

Fonte - Agência Brasil




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Postado por Rafaela Melo, no dia 06/04/2024 - 18:30


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