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Há uma década, a vacinação contra o HPV tornou-se parte essencial do calendário nacional de vacinação, oferecendo uma defesa vital contra o câncer de colo de útero, um dos tipos mais prevalentes entre mulheres. A infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) é responsável por quase 99% dos casos desse câncer, tornando-se uma preocupação global de saúde pública.
Segundo projeções do Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2024, aproximadamente 17.010 mulheres no Brasil serão diagnosticadas com câncer de colo de útero. Apesar da gravidade desse cenário, o país ainda não atingiu os índices de vacinação necessários para erradicar efetivamente esse tipo de câncer.
Em um esforço para aumentar a adesão à vacinação, especialmente entre jovens, o Ministério da Saúde anunciou recentemente uma mudança significativa: a vacina contra o HPV agora será administrada em dose única. Essa decisão foi tomada em resposta à diminuição da adesão ao ciclo completo de vacinação, que anteriormente consistia em duas doses.
“A vacina tetravalente contra o HPV, disponível gratuitamente para meninas e meninos de 9 a 14 anos, é fundamental na prevenção do câncer de colo de útero. Protegendo contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do vírus, responsáveis pela maioria dos casos, ela desempenha um papel crucial na saúde pública”, destaca Marcela Bonalumi, oncologista da Oncoclínicas.
Apesar dos esforços, as taxas de vacinação ainda estão abaixo do ideal. De acordo com dados do Ministério da Saúde, entre 2018 e 2023, houve um aumento de 42% no total de doses aplicadas. No entanto, a taxa de infecção pelo HPV permanece elevada, afetando 54,4% das mulheres e 41,6% dos homens sexualmente ativos.
Além da vacinação, a detecção precoce desempenha um papel crucial na luta contra o câncer de colo de útero. Os exames de rotina, como o Papanicolau, são essenciais para identificar lesões pré-cancerígenas e iniciar o tratamento o mais cedo possível.
“É fundamental que as mulheres realizem seus exames de rotina regularmente, mesmo após a vacinação contra o HPV, pois o imunizante não protege contra todos os tipos oncogênicos da doença”, ressalta Marcela.
Embora a batalha contra o câncer de colo de útero seja complexa, a prevenção e a detecção precoce continuam sendo nossas melhores armas. Com uma combinação de vacinação, exames de rotina e conscientização, podemos trabalhar para reduzir significativamente a incidência e a mortalidade associadas a essa doença devastadora.
Dados e orientações fornecidos pela especialista Marcela Bonalumi, oncologista da Oncoclínicas.
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Postado por Nathália Coelho, no dia 05/04/2024 - 18:20