Fotos: divulgação
O dia 20 de novembro é dedicado a homenagear os Biomédicos, profissionais capacitados para identificar, classificar e estudar os agentes causadores de doenças. Além disso, destaca-se a busca por medicamentos adequados para combatê-los ou controlá-los. A biomédica do Hospital e Maternidade São José, Fernanda Carvalho destaca que a profissão desempenha um papel amplo na área da saúde, contribuindo para diversas áreas.
No diagnóstico, eles realizam análises laboratoriais essenciais para identificar doenças, interpretando resultados de exames clínicos e fornecendo informações cruciais para a tomada de decisões.
Na pesquisa científica, os biomédicos conduzem estudos para avançar o entendimento das doenças e descobrir novos tratamentos. Além disso, desempenham um papel vital no desenvolvimento e aprimoramento de técnicas laboratoriais, contribuindo para a inovação e eficácia dos métodos de diagnóstico. Ao atuar em áreas como genética, microbiologia e hematologia, colaboram, ativamente, na identificação de fatores genéticos, agentes infecciosos e alterações sanguíneas.
“Nossa atuação é de extrema importância para garantir a precisão e confiabilidade dos exames laboratoriais e diagnósticos, assim como para a descoberta de novos tratamentos e medicamentos”, ressalta a biomédica.
Fernanda Carvalho Cruz - Biomédica do HMSJ
No HMSJ, Fernanda Carvalho atua como responsável por todo processo realizado na Agência Transfusional, com a função de auxiliar e supervisionar a equipe na condução de todo o processamento de preparação das bolsas de sangue, além de garantir a segurança e eficácia em todo processo.
Como a área de atuação é bem vasta, o biomédico está presente em diferentes espaços, como em Hospitais, atuando no banco de sangue, em centros cirúrgicos e em laboratórios de análises clinicas. Estão presentes também em centros de pesquisas, em clinicas de diagnóstico por imagem, de estética e reprodução humana, além de estarem inseridos também em cargos públicos atuando como perito criminal e agente sanitário.
Atualmente, um dos maiores desafios enfrentados pelos biomédicos é a constante evolução científica. “A rápida mudança nas tecnologias laboratoriais e nas abordagens de pesquisa requer que os profissionais estejam, constantemente, atualizados e adaptáveis para aplicar e interpretar novos métodos de diagnóstico e tratamento”, comenta.
Especialista do HMSJ orienta sobre a prevenção e tratamento da Trombose
A data de 13 de Outubro (Dia Mundial da Trombose) é motivo de alerta para a doença, causada pela formação de um coágulo de sangue em uma ou mais veias do sistema venoso. Existem dois tipos de trombose: A Trombose Venosa Profunda (TVP) que é a mais temida, quando coágulos se formam nas veias do sistema profundo e a Trombose Superficial, que acomete as veias mais superficiais, também conhecida como flebite ou tromboflebite.
A principal causa da trombose venosa profunda é a imobilidade prolongada, comum não só nas viagens aéreas e terrestres que obrigam a pessoa a ficar sentada por horas na mesma posição (por isso, a doença ficou conhecida impropriamente como síndrome da classe econômica ou síndrome do viajante), mas também nos casos de permanência no leito em repouso por doenças e depois de cirurgias. Lesões nos vasos e desequilíbrio nos fatores de coagulação do sangue também são responsáveis pela formação de trombos.
É preciso estar atento aos fatores de risco, como histórico familiar de trombose, idade superior a 40 anos, obesidade, tabagismo, uso de anticoncepcional oral combinado, câncer, varizes, trauma múltiplo, além de paralisia por lesão medular, trauma de pélvis ou ossos longos e trombofilia. Outras situações temporárias que facilitam a formação do coágulo são cirurgias de grande porte, estar acamado, gravidez e puerpério, terapia hormonal e desidratação.
Os principais sintomas são: Edema (Inchaço) na perna afetada; Dor súbita na perna, principalmente na panturrilha; Sensação de peso e queimação nas pernas e dificuldade para movimentar-se. A região acometida pode ficar vermelha ou azulada, apresentando o aumento do calibre das veias e panturrilhas endurecidas.
A curto prazo, uma das complicações da Trombose ocorre quando o trombo (coágulo) se desprende e pode acometer os pulmões, gerando um quadro conhecido como Embolia Pulmonar, uma condição grave, com alta taxa de mortalidade, caracterizada por falta de ar e dor intensa no peito. A longo prazo, pode ocorrer a Síndrome pós-trombótica, uma sequela , que se caracteriza por dor crônica, sensação de peso, câimbra e inchaço, podendo evoluir com alterações na pele e até mesmo surgimento de úlceras (feridas) nas pernas.
Para fazer o diagnóstico, o paciente é avaliado em um consulta e é realizado o exame físico, de acordo com os sintomas e a história detalhada. Além disso, para confirmação podem ser solicitados alguns exames, como por exemplo, o duplex scan (ultrassonografia da perna) e alguns exames de sangue.
Um ponto importante é a prevenção. Algumas medidas simples, mas eficazes, que podem evitar episódios de trombose, como praticar exercícios físicos, não fumar, controlar o peso, uso de meias compressivas, alternar momentos com as pernas elevadas e ingerir bastante líquidos. Também recomenda-se evitar permanecer por longos períodos sentado. Pessoas com predisposição a desenvolver trombos precisam movimentar-se tão logo seja possível nas viagens com longos períodos de imobilização, depois de cirurgias e quando tiverem necessidade de permanecer em repouso por muito tempo.
O tratamento é realizado com uso de medicamentos, chamados anticoagulantes. Além disso, quando o caso é mais grave e a trombose muito extensa, pode ser necessário a realização de trombectomia, uma cirurgia para remoção dos coágulos e liberação do fluxo sanguíneo. O objetivo do tratamento da trombose venosa profunda é evitar a formação de coágulos ou, se eles já se instalaram, promover sua reabsorção pelo organismo.
Além disso, três em cada 10 pessoas que tiveram o problema podem ter novo episódio em um prazo de 10 anos. Embora esses dados sejam alarmantes, o fato é que a maioria desses eventos pode ser prevenida. Por isso, é importante o acompanhamento com o especialista para prevenir essa doença e, se for diagnosticada, tratá-la da melhor maneira possível e com grandes chances de cura.
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Postado por Jornal Correio, no dia 21/11/2023 - 17:28