Reprodução redes sociais
O mistério em torno da morte de Ana Clara Benevides Machado, a jovem estudante de psicologia de 23 anos que faleceu durante o show de Taylor Swift no Estádio Nilton Santos, continua intrigante. A suspeita de que o forte calor do dia do evento possa ter contribuído para a tragédia levou os médicos legistas a solicitarem exames complementares para determinar a causa do óbito.
O laudo de necropsia não ofereceu uma resposta conclusiva, e a perícia agora aguarda os resultados dos exames toxicológico e histopatológico, que são cruciais para compreender as alterações nos órgãos afetados pela exposição prolongada a altas temperaturas.
Médicos legistas ouvidos pelo GLOBO explicam as dificuldades de identificar a causa da morte apenas com a necropsia, uma vez que as mudanças no corpo não são visíveis a olho nu nos órgãos afetados pelo calor excessivo. Os exames histopatológicos envolvem a análise microscópica de fragmentos de órgãos, como rim, pulmão, cérebro e fígado, para detectar possíveis inflamações causadas pelo intenso calor.
O perito legista aposentado Luiz Carlos Prestes, coordenador da Câmara Técnica de Medicina Legal do Cremerj, esclareceu que o organismo possui mecanismos de adaptação para equilibrar a temperatura corporal, regulada pelo hipotálamo no cérebro. Ele ressaltou a complexidade do caso, destacando fatores como o ambiente em que a vítima estava, condições inerentes à pessoa, como o uso de medicamentos, e a necessidade de avaliação da termonose, que são os efeitos danosos ao organismo provocados pelo calor.
Prestes explicou que, quando o corpo chega ao Instituto Médico-Legal (IML), o perito analisa as informações do médico que atendeu a vítima no hospital, considerando diagnósticos, tratamentos e o estado da paciente. A dificuldade em atestar óbitos relacionados ao calor reside na não percepção visual das mudanças no organismo, tornando os exames complementares essenciais para conclusões precisas.
O prazo de 30 dias para resultados confiáveis é devido ao tempo necessário para a preparação dos órgãos a serem examinados. Após a obtenção dos resultados, a família pode fazer o aditamento ao atestado de óbito com as novas informações fornecidas pelo laudo.
A busca por respostas sobre a morte de Ana Clara Benevides Machado continua, e os exames complementares são fundamentais para esclarecer as circunstâncias dessa trágica ocorrência.
fonte: O Globo
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Postado por Nathália Coelho, no dia 20/11/2023 - 19:20