Divulgação
A febre maculosa tem maior frequência de casos registrados no período de seca, especialmente entre os meses de abril e outubro, por se tratar do período de reprodução do carrapato que transmite a doença. De acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), de 2018 a 2022, foram registrados 190 casos somente em Minas Gerais. A febre maculosa é causada por bactérias e transmitida pela picada de carrapatos infectados conhecidos como "carrapato estrela".
Os principais sintomas da doença são febre de início súbito, dor de cabeça e muscular, mal-estar, náuseas, vômitos, manifestações hemorrágicas e manchas avermelhadas na pele – predominantemente nos punhos e tornozelos, podendo acometer palmas das mãos e plantas dos pés.
O quadro clínico é variável, indo desde manifestações leves a casos fatais. Pode haver complicações com manifestações hemorrágicas, neurológicas, pulmonares e renais. Por isso, quanto mais cedo houver a suspeita e a identificação da doença, maiores as chances de redução da letalidade a partir do início do tratamento com antibióticos específicos. O período de incubação da doença é de dois a 14 dias. Por isso, é importante considerar exposições ocorridas nos últimos 15 dias antecedentes ao início de sintomas.
Os grupos mais expostos são aqueles que frequentam ambientes com áreas verdes onde há circulação dos animais hospedeiros. No entanto, apesar da capivara “levar a fama”, ela não é a única que pode servir de hospedeira para o carrapato. Cavalos e bovinos também podem levar o aracnídeo.
Prevenção
Evitar entrar em áreas com risco de infestação de carrapatos, que são mais comuns em locais onde há circulação de animais silvestres, é o ideal. Caso não seja possível, é recomendado o uso de calçados fechados, preferencialmente botas de cano longo, calças dentro das meias e vedadas com fita adesiva e blusas de manga longa. Indica-se ainda o uso de roupas claras, pois facilita a visualização dos carrapatos.
Além disso, é indicado que seja feita uma autoinspeção no corpo e nas roupas a cada duas horas para verificar se há presença de carrapatos. Caso seja detectado nas roupas, a coleta deve ser feita com auxílio de fita adesiva ou pinça.
Quando em contato com a pele, o carrapato deve ser retirado com auxílio de pinças, para que saia inteiro. Não se deve espremer a pele, pois o carrapato pode ser esmagado, espalhando bactérias e até ovos, no caso de fêmeas. Também não deve ser utilizado álcool, vinagre ou nenhum outro abrasivo. O estresse sofrido pelo carrapato faz com que ele libere grande quantidade de saliva, o que aumenta as chances de transmissão da febre maculosa.
Em caso de sintomas, deve-se procurar atendimento médico imediato, podendo ser feita a confirmação do caso por meio de exame laboratorial e iniciado o tratamento o quanto antes.
Você está lendo o maior jornal do Alto Paraopeba e um dos maiores do interior de Minas!
Leia e Assine: (31)3763-5987 | (31)98272-3383
Postado por Jornal Correio, no dia 28/06/2023 - 14:57