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Comunidade


‘Golpe do Mercado Livre’ faz vítimas em Lafaiete

Estelionatários pedem documentos e até dinheiro com promessa de emprego; conheça os riscos envolvidos



 

Golpes virtuais têm se tornado cada vez mais comuns. Com potencial para serem replicados dezenas, ou até centenas de vezes por dia, eles são um campo fértil para quem não tem escrúpulos e vêm fazendo vítimas, inclusive, em Lafaiete. Um dos mais recentes tem como alvo pessoas que buscam uma oportunidade de emprego, mas que acabam entregando, nas mãos dos bandidos, o dinheiro [que, por vezes, nem têm] e todos os seus documentos pessoais.

A situação foi denunciada pelo empresário Renato Mes­quita, da Percentual Distribui­dora - empresa responsá­vel pela captação dos motoristas e coordenação das entregas de e-commerce da Mercado Livre na região. “Estamos recebendo denúncias de pessoas que fizeram cadastro para trabalhar com entregas. Elas passaram seus documentos para golpistas e estelionatários que, ao final do processo do cadastro, apresentam um contrato falso e pedem uma quantia de dinheiro entre R$850,00 a R$1.100. Eles alegam que esse valor é referente à taxa de adesão, treinamento, colocação de rastreador e custos do seguro da carga”, explica.


A nossa equipe teve acesso ao suposto contrato que, de fato, tem aparência de real, estipulando, inclusive, sanções em caso de descumprimento. Uma vez ‘agregados para fazer entregas’, as vítimas fariam jus a uma diária (R$180 para entregas com moto, R$250 para carros e R$290 para utilitários), além de outros benefícios que seriam pagos a cada 15 dias (R$550 para combustível e R$450 a título de vale-alimentação). Assinado o contrato e enviados os documentos (CNH, do­cu­mento do veículo, foto 3x4 (Selfie), comprovante de residência) e o depósito de R$850 para adesão na conta indicada, o ‘subcontratado’ já receberia o benefício quinzenal.


Mas não é o que acontece. Uma vez com toda a documentação em mãos (inclusive foto de rosto, para reconhecimento facial), os golpistas não só ficam com o dinheiro da vítima, mas também com todos os dados legais para se passarem pela vítima e adquirirem, às suas custas, produtos e serviços. “Desde abril de 2020, quando trouxemos a estrutura para Lafaiete, temos buscado melhorar a economia da cidade.

Hoje há mais de 60 motoristas trabalhando no setor e essa, definitivamente, não é a forma de recrutamento. Já fiz um boletim de ocorrência. Então, faço esse alerta, torcendo para que ninguém mais seja vítima desse golpe”, finaliza Renato.




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Postado por Nathália Coelho, no dia 18/06/2023 - 19:20


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