Acontece nesta segunda-feira, 7 de março, às 18h30 uma manifestação dos alunos da Una Lafaiete reinvindicando mais transparência da instituição. Alguns alunos entraram em contato com o Jornal CORREIO expressando insatisfação com o retorno híbrido das aulas e a dificuldade em obter respostas. Segundo eles, a universidade não estaria preparada para um retorno 100% presencial, resultando em aulas no sistema híbrido. Um dos argumentos reforça que a mensalidade está sendo cobrada no preço integral, mesmo com a manutenção do ensino remoto. A manifestação será em frente ao prédio da Una.
Desde o início da pandemia, em março de 2020, foi adotado o modelo de aulas remotas para não prejudicar os alunos. O estudante Érick Josino relata o impacto do EAD em sua formação: "Infelizmente vivemos dois anos terríveis devido a pandemia, onde tivemos que nos adaptar e nos mobilizar de diversas maneiras para manter nossa educação em dia. Somos incapazes de dimensionar o quanto da nossa aprendizagem foi deixada para trás, visto que a instituição adotou o modelo EAD nos anos 2020 e 2021, mas a universidade tem a nossa total compreensão de que a mesma estava cumprindo o decreto municipal correspondente ao isolamento social para a segurança dos alunos e deu o seu melhor para assimilarmos todos os conteúdos da melhor maneira possível".
Com a liberação de aulas presenciais e o avanço da vacinação na região, Érick conta que a expectativa era de uma estruturação para o retorno presencial no primeiro semestre de 2022, o que não aconteceu. "A faculdade não apresentou um corpo docente preparado para o total retorno das aulas presenciais, logo nos foi ofertado um ensino híbrido no qual temos aula um dia na forma on-line e outro dia presencial na instituição. No entanto, o contrato assinado durante a inscrição não continha essa informação, o mesmo consta que a graduação oferecida pela instituição é totalmente presencial, o que nos leva a questionar também os valores das mensalidades que correspondem a uma graduação presencial".
Segundo ele, a Una não informou o motivo da adoção do modelo de ensino e os estudantes estão se sentindo prejudicados com a decisão: "Primeiro pelo lado educacional, pois todos nós sabemos que o método EAD não oferece o mesmo nível de aprendizado do método presencial. Segundo pelo lado financeiro, porque pelo preço da mensalidade ofertada, éramos pra ter aulas 100% presenciais"
A universitária Maria Paula Diniz também entrou em contato com o Jornal CORREIO alegando insatisfação com o modelo híbrido: "Eles alegam que será melhor para o aluno, só que alguns períodos nem mesmo híbrido será, já que a aula será apenas uma vez na semana. Pelo valor alegam melhorias, sendo que não é feito nada pelo polo, mal temos professores para dar aula, não temos equipamentos para a área da saúde. Estamos assistindo mais online que presencial, o que afeta muitas pessoas que tem dificuldade no on-line, fora os cursos de saúde. Odontologia em modo híbrido é sem condições!
Segundo ela, cerca de 250 alunos apoiam a manifestação, que acontece nesta segunda-feira, às 18h30 em frente ao prédio da Una. O Jornal CORREIO entrou em contato com a instituição, mas até o momento não obteve um posicionamento oficial.
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Postado por Mariana Carvalho, no dia 07/03/2022 - 07:30