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Política


Trabalho que avança: reeleito para o segundo mandato, Luiz do Zeca se prepara para colocar a casa em ordem

Ao desbravar o Alto Paraopeba, Jornal CORREIO, CORREIO Online e Estrada Real FM chegam a Casa Grande




Após percorrer 22 cidades da região para conversar com os prefeitos sobre desafios e planos para os próximos quatro anos, Jornal CORREIO, CORREIO Online e Estrada Real FM chegam a Casa Grande. O entrevistado da vez é o prefeito reeleito, Luiz Otávio Gonçalves (MDB). Em um primeiro mandato com muitas dificuldades e pouca verba, Luiz do Zeca, como é mais conhecido, conseguiu cumprir parte de seu plano de governo e pretende, agora, realizar o que falta. Com prioridade na manutenção da distribuição de água no município e obras em infraestrutura, a gestão recomeça os trabalhos com o legado da transparência. Confira a entrevista completa, com exclusividade para o Jornal CORREIO.

Por que buscar um novo mandato?

Nós trabalhamos esses quatro anos e não demos conta de fazer tudo que precisava. Então, tentamos mais um mandato para fazer as coisas que temos a intenção de realizar pelo município. Uma das prioridades é melhorar a quantidade e a qualidade da água.

Que fatores pesaram positivamente para a sua reeleição?

O pessoal todo me pediu para voltar, então vimos que havia uma vontade de ficar mais quatro anos para fazer as coisas que não conseguimos fazer.

Houve mudanças no seu secretariado? Em que pastas? E por quais razões?

Não, continuamos com as mesmas pessoas. Andamos bem juntos e tivemos um bom resultado, então optamos por manter.

Qual o balanço da última gestão?

Quando assumimos a administração, em 2017, ficou bem claro o que queríamos para administrar bem o nosso município. Respeitar o voto do eleitor, que acredita nesta gestão, e a transparência aliada a um bom gasto do dinheiro público em benefício dos munícipes. Assim fizemos desde o primeiro dia de nossa administração. Encon­tra­mos algumas dificuldades por questões políticas, como o orçamento reduzido ao mínimo de 5% em 2017, queda enorme das receitas estaduais e federais em 2018 e 2019, e o ano de 2020 muito atípico e complicado devido à pandemia. Diante desse cenário de dificuldades, conseguimos muito nesses quatro anos de gestão, cumprindo nosso plano de governo, que é fazer e construir diversos benefícios que há anos vinham sendo solicitados pela população. Obras de infraestrutura, melhorias na saúde, educação, transporte e cultura. Foram quatro anos de muitas realizações, com muito sacrifício e responsabilidade com o recurso público e a transparência, que sempre será um legado dessa administração.

Qual é a situação financeira do município?

Não é muito boa, não. Mas vamos correr atrás de recursos e verbas extras, emendas parlamentares para tentar fazer as coisas que precisam. Mesmo com a situação financeira complicada, o salário de todos os servidores está em dia, pagamos o décimo terceiro. Estamos nos adequando com os fornecedores, com a arrecadação do FPM e ICMS. Já estive com o presidente da Assembleia de MG, o deputado Agostinho Patrus (PV), que me prometeu uma verba para fazer uma ponte no município. Ele prometeu liberar a verba até março. Essa ponte estava desativada há aproximadamente 12 anos e é um lugar que tem muito escoamento de mercadoria. Ela tem que ser toda feita. A região produz leite, grãos e os moradores da região precisam da ponte para poder transitar por ali.

Quais são os maiores desafios que o senhor e sua equipe irão encarar já no começo desta gestão?

Com essa questão da água, vou precisar correr atrás de verba extra para conseguir. O que vem para o município no dia a dia não dá para fazer isso. Correr atrás de emendas parlamentares para fazer o que precisa. Estradas, pontes para arrumar e para fazer, calçamento em morros, a comunidade Cachoeira precisa de calçamento em duas ruas, construção de quatro salas de aula na escola municipal.

Qual é a sua maior meta para esses próximos 4 anos?

Em obras, uma das prioridades é a questão da água e a ponte. A distribuição de água no município precisa ser melhorada. Temos bastante água, mas em época de chuva ela fica suja e che­ga nas casas poluída. A distribuição também pre­cisa melhorar, porque tem muita quantidade, mas mal distribuída, chegando a faltar em alguns lugares. A água é de graça e o tratamento é feito por uma empresa contratada pela prefeitura. A manutenção, quando estoura algum cano por exemplo, é responsabilidade nossa.

Que setores exigirão um empenho maior da sua administração? Por quê?

Quase todos os setores: educação, saúde, obras na zona rural. Tudo é prioridade.

Qual é a base da economia da cidade? O que será feito para fomentar esse setor?

A produção rural. Casa Grande é um município muito rico em grãos, em leite. O que pode ser feito é a manutenção das estradas, dando condições para os produtores saírem com seus mantimentos e escoarem a produção.

Que outras atividades são promissoras e po­dem ser melhor exploradas para gerar emprego e renda?

Precisávamos ir atrás de empresas com interesse em se instalar no município. Favorecer o terreno e a vinda dela para cá. Vamos tentar isso.

Existe alguma obra ou projeto parado que deve ser retomado durante a sua gestão?

Não ficou nenhuma obra incompleta da gestão passada. As obras que temos para fazer são mais pontes, bueiros, a questão da água, calçamento de morros e as escolas. O plano de governo apresentado na campanha passada foi quase todo concluído, e agora faremos o restante. Fizemos até coisas que não estavam previstas. Fiz aproximadamente 10 pontes que não estavam no plano de governo. Este ano com as chuvas, outras pontes ficaram prejudicadas e teremos que dar manutenção. Neste período, município nenhum conseguiu receber máquinas, então estamos usando equipamentos mais antigos que exigem muita manutenção e mão de obra. Isso dificulta muito os trabalhos no município.

A cidade estuda a possibilidade de realizar algum concurso público? Em caso positivo, há algum planejamento de quando isso deve acontecer?

É provável. Mas temos que ver uma lei do Bolsonaro deste ano, que impede a realização de concurso público. Temos que olhar isso com o jurídico e a questão financeira. Mas queremos fazer o mais rápido possível.

Como tem sido a relação com a Câmara?

No mandato anterior não tínhamos a maioria dos vereadores, hoje já temos. É um relacionamento bom. Temos apoio e diálogo.

O que os moradores podem esperar da sua administração?

Muito trabalho, dedicação em todos os setores e a geração de empregos. A transparência do meu governo é um legado que deixo, através do portal da transparência que implantamos em março de 2017 e que até hoje funciona, a serviço e disposição de todo cidadão casagrandense. Que­re­mos reforçar junto a população de todo nosso mu­nicípio, o compromisso com o bem estar so­cial e desenvolvimento de nossos munícipes que acreditaram e ainda acreditam nesta gestão. Vamos buscar todos os dias as melhorias que nossa gente necessita, pois nossa vida é um caminho e quando paramos, não vamos para frente. Nesta nova gestão, vamos vencer as dificuldades, pois Casa Grande deve crescer junto com nossa gente. É o trabalho que avança.

 

Acompanhe na próxima edição do Jornal CORREIO a entrevista com o prefeito eleito de Lagoa Dourada, Ronald Pereira Dutra (PSDB).

 

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Postado por Juliana Monteiro, no dia 10/02/2021 - 17:01


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