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Isolamento social em CL derruba preço e gasolina já é mais barata que em 2016




Se houve uma boa notícia para o bolso do consumidor nos últimos tempos, ela veio dos postos de combustíveis. Com todo esse abalo na economia mundial, o preço do petróleo despencou. De acordo com a pesquisa realizada na quarta-feira, dia 22, pela nossa equipe de jornalismo, o preço médio na cidade chegou a R$4,02. O mais barato foi encontrado no Posto Monteiro (R$3,849). Já o maior foi registrado no posto Santa Matilde (R$ 4,399). A diferença foi de R$0,55 (+14%). A aditivada sai, em média, por R$4,13. Já a média de preço do diesel comum foi de R$3,28 e do aditivado, R$3,32. Só para se ter uma ideia, desde fevereiro de 2016 já havia postos na cidade comercializando o combustível a R$4,10. Em agosto de 2018, o preço já havia batido a casa dos R$5, sendo comercializado, em média, por R$4,87.

O impacto é tamanho que nem está valendo a pena colocar etanol. A proporção entre os preços está girando em torno de 70%, o que pelo desempenho do combustível, segundo analistas, não compensa. O custo médio na cidade foi de R$2,79. O mais barato foi encontrado no posto Eloim (R$2,59). Já o mais caro, na praça da Bandeira (3,098). A diferença é de R$0,50 ou 19%.

No mercado, o preço não para de cair. O recuo mais recente foi anunciado no sábado, dia 25. Com a queda de 15% - a 11ª no ano -  o preço médio da gasolina nas refinarias passa a ser R$ 1,14 por litro. Esse é o menor preço cobrado pela companhia desde 31 de outubro de 2011. No acumulado do ano, a redução do preço da gasolina é de cerca de 40%. No caso do preço do diesel, a petroleira não realizou ajuste nesta quarta-feira. Mas o combustível fóssil vendido pela companhia acumula recuo de aproximadamente 30% neste ano até o momento. Em nota, a Petrobras afirmou que ‘espera que este movimento nos preços se reflita, no curto prazo, na redução do preço final cobrado ao consumidor’.

Mas a gente sabe que isso fica bem longe da nossa realidade. O repasse para o consumidor final depende de diversos fatores, como consumo de estoques, impostos, margens de distribuição e revenda e mistura de biocombustíveis. A queda de 15%, por exemplo, ainda não chegou às bombas de Lafaiete – o que é normal. E nem esse desconto todo no preço, que, na maioria das vezes, para nas refinarias. Assim que a Petrobras anuncia a queda nos preços, as distribuidoras ainda têm estoque de produto, comprado com o valor anterior. Os postos de combustíveis compram diretamente de distribuidoras e não da Petrobras.

Quando a estatal vende para uma distribuidora, ela pode ou não aplicar o percentual de redução aos postos no momento da revenda. Segundo o presidente do Sincopetro, não há uma regra que determine que as distribuidoras e donos de postos repassem os descontos ou aumentos obrigatoriamente para o consumidor. O repasse é determinado por cada empresa, dependendo dos custos de cada uma, como pagamento de funcionários, impostos e margem de lucro.

 

Isolamento social

Após um mês inteiro de isolamento social, a gasolina está custando em média 7,1% a menos para o consumidor nos postos de abastecimento, com preço máximo de R$ 5,690 o litro e mínimo de R$ 2,950 em termos nacionais. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e comparam a semana de 19 a 25 de abril à primeira semana do mês. Já o diesel, antes mesmo da redução de 10% aplicada hoje pela Petrobras, registrou queda de 5,4%, com preço máximo de R$ 4,950 o litro e R$ 2,650 o mais baixo.

O GLP (gás de cozinha) de 13 kg continua resistindo à forte redução do preço do petróleo, registrando queda de apenas 0,14% em um mês. O preço médio desse produto, que vem tendo grande procura, fechou a semana passada custando em média R$ 69,81 o botijão, sendo a cotação máxima de R$ 115 e mínima de R$ 50. Apesar de redução maior do que em outras semanas, o preço dos derivados ainda está bem abaixo da queda praticada pela Petrobras nas refinarias, que já chega a 50% em relação ao início do ano. Isso acontece devido à composição do preço dos combustíveis, que é acrescido de impostos e das margens dos distribuidores.

O corte nos preços se dá num momento em que as cotações do petróleo estão em queda com o avanço do surto de coronavírus no mundo e a desaceleração da economia global. Na segunda-feira, dia 20, os contratos futuros do petróleo nos Estados Unidos foram negociados em valores negativos pela primeira vez na história, pela queda na demanda causada pelo isolamento social.  A Arábia Saudita e a Rússia chegaram a um acordo há mais de uma semana para cortar a oferta de petróleo em 9,7 milhões de barris por dia, mas isso não deve fazer com que o excesso de oferta global seja reduzido rapidamente.




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Postado por Redação, no dia 10/05/2020 - 10:29


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