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Fiscalização bate à porta e notifica lojas abertas e bancos com filas em Lafaiete




A fiscalização tem fechado o cerco contra os estabelecimentos proibidos de funcionar em Lafaiete. Durante a segunda-feira, dia 13, empresas encontradas de portas abertas foram notificadas. Em um dos casos, o dono informou que estava apenas recebendo as prestações, a pedido dos próprios clientes, mas a justificativa não foi aceita. Entre alguns comerciantes, sobram críticas aos critérios estabelecidos para definir que atividades são consideradas essenciais. A situação é vista por muitos como insustentável e já há articulações para que esses critérios e o formato do isolamento social sejam reavaliados.

Mas as lojas não foram as únicas a serem notificadas. À tarde, uma fila gigantesca se formou para acesso à agências bancárias. Entre os clientes, muitos buscavam orientações sobre o auxílio emergencial de R$600 ou R$1200, que será destinado a trabalhadores que perderam a renda. O movimento chamou atenção do Ministério Público, que se manifestou formalmente, afirmando que as instituições financeiras serão notificadas para prestarem os esclarecimentos que entenderem pertinentes.

Em nota, o promotor Glauco Peregrino informou que foram instauradas, pelo Ministério Público, investigações preliminares em face das agências dos bancos Itaú, Bradesco e Caixa Econômica Federal “em razão da formação de aglomerações em filas nas partes externas dos estabelecimentos bancários” . Ainda segundo Glauco Peregrino, as investigações foram instauradas com base em comunicações encaminhadas ao Ministério Público pela 61ª Cia da Polícia Militar e têm por fundamento eventual descumprimento de recomendação encaminhada anteriormente às agências, a fim de que organizassem adequadamente as filas.

Quarentena não tem data para acabar

Para quem espera a liberação das atividades comerciais a notícia não é nada boa. De acordo com o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral "não dá para pensarmos em vida normal até junho". Até então, o governo estadual trabalhava com a possibilidade de alguma flexibilização a partir desta segunda.  

Em entrevista a Radio Itatiaia, Amaral destacou que  quanto maior o isolamento, menor a transmissão entre as pessoas. “Entendemos que não é simples manter um isolamento alto por muito tempo, mas a ideia nossa é que pelo menos acima 50% tem de ser mantido. É uma epidemia longa. Nós entendemos que maio e junho serão épocas de maior transmissão. Ou seja, não dá para pensarmos em baixar e voltar a uma vida normal antes de junho”, disse, destacando que estudos vão embasar o estado para determinar o grau de isolamento necessário.

Ainda em entrevista, o secretário destacou que epidemia vai passar somente quando a maior parte da população tiver contato com o vírus. Sobre a capacidade de leitos em Minas, Carlos Eduardo Amaral disse que o número subiu de 11.625 para 12.625 leitos clínicos, com cerca de 6 mil vagos nesse momento. Sobre os leitos de UTI, ele informou que a capacidade é ampliar de 500 para 2 mil, mas reconheceu uma corrida contra o tempo.

“1.500 leitos até o início de maio seria um pouco arrojado demais”, avalia. Por isso, ele destacou que as medidas de isolamento são importantes para o estado conseguir preparar o sistema e admitiu que Minas passaria aperto se o pico for mesmo no começo do próximo mês. O hospital de campanha, que está sendo erguido no Expominas, em Belo Horizonte, poderá amenizar a demanda, especialmente de baixa complexidade. O hospital deve ficar pronto no começo de maio.

 

 




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Postado por Redação, no dia 13/04/2020 - 21:13


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