É impossível não perceber que, de um ano para cá, a praça Chiquito Furtado, mais conhecida como praça do Rotor, está diferente. Com um paisagismo admirável e sempre muito bem cuidada, ela dá cor e vida ao espaço entre o cinza do concreto e a poluição do trânsito intenso. No entanto, por mais incrível que pareça, esse choque de beleza tem incomodado muita gente. O espaço, adotado pela Freitas Manipulação, já foi alvo de várias ações de vandalismo, que destruíram desde a vegetação à placa. Mas há um detalhe que talvez os criminosos não saibam: o crime ocorrido no dia 1° de fevereiro foi flagrado com perfeição pelas câmeras de segurança, em cada detalhe, e a polícia já está atrás do bandido.
Os detalhes da gravação mostram claramente que não se tratou de um acidente ou ato impensado. Destruir a placa da empresa que custeou o projeto e arca com 100% da manutenção deu trabalho: “Isso aconteceu na madrugada de sábado, dia 1°, às 5h12 da manhã, conforme imagens captadas pelas câmeras da Freitas Manipulação. Ele chutou uma, duas vezes e não conseguiu quebrar. Daí balançou a placa e também não conseguiu. Arranjou uma pedra, atirou e não conseguiu fazer o dano que queria. Então, pegou uma pedra bem maior e conseguiu quebrar a placa. Depois ele saiu caminhando tranquilamente, subindo a avenida em direção ao Epa. As imagens mostram perfeitamente essa pessoa destruindo um patrimônio”, detalha o sócio da Freitas Manipulação Paulo Freitas.
Não foi a primeira vez que a praça foi vandalizada. Além de pequenos estragos, houve pelo menos outras duas ocasiões em que os danos foram maiores: “Os problemas acontecem geralmente no sábado à noite, quando o movimento de jovens é mais intenso nesse rotor. Aconteceu, por exemplo, de cavaleiros amarrarem três ou quatro cavalos arreados nas placas e eles comerem as plantas, destruindo o jardim. Da última vez que isso aconteceu, eu abordei um policial, que foi atrás dos responsáveis – que estavam bêbados - e eles acabaram concordando em retirar os cavalos”, detalha Paulo Freitas.
Para o empresário, não há uma razão clara para esse tipo de comportamento: “Não sei o que está acontecendo com as pessoas. Por que elas sentem essa vontade de vandalizar, pichar, sujar, quebrar, jogar coisas na rua? Não tenho uma opinião formada, mas acho que são pessoas que foram criadas sem limites e estão procurando limites até hoje. São questões psicossociais que se refletem na educação, respeito ao vizinho, ao próximo e ao que é de todos, carinho e atenção às pessoas mais velhas. Agora vamos ver o que a polícia vai nos trazer. Eles foram muito solícitos e acredito que nos trarão o responsável rapidinho”, afirma.
Freitas não irá desistir
Sócia da Freitas Manipulação, Nayara Carvalho lembra os motivos que levaram a Freitas a adotar o espaço público: “Fizemos isso em comemoração aos 51 anos da Freitas. Foi a nossa forma de agradecimento à população que nos acolheu com todo carinho. Acreditamos que deixar a cidade mais bonita é como uma corrente do bem, que se fortalece na medida em que cada um faz a sua parte. A gente sabe que não somos os primeiros; outros empresários já adotaram praças na cidade, mas no momento em que fizemos, outros se sentiram incentivados, como a ViaReal (hoje Vero), que fez uma praça muito linda. Então, não desistiremos”, afirma.
Para manter a praça sempre bonita, a Freitas Manipulação arca com os custos da manutenção, que é diária: “Temos uma pessoa responsável por esse trabalho. Na seca, ela rega as plantas e, na época de chuvas, ela faz remoção de pragas e plantas indesejáveis. Nós não vamos desistir. Cuidamos dessa pracinha com muito carinho e dedicação e ela vai ficar ainda mais bonita, ela é uma praça nova; tem um ano que plantamos, na época da seca. E agora, na época das chuvas, a cada dia ela será uma praça mais bonita, porque assim agradeceremos a população, que nos recebeu com tanto carinho. Não vai ser um ato de vandalismo que nos fará desistir”, concluem Paulo Freitas e Nayara Carvalho.
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Postado por Redação, no dia 11/02/2020 - 11:05