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Polícia


Para reduzir acidentes na BR-040, entidade faz campanha pedindo mudanças no tráfego de caminhões que transportam minério




A Sociedade Regional de Engenharia e Arquitetura de Conselheiro Lafaiete (Sorear) iniciou um movimento pedindo melhorias para a BR-040. A entidade encaminhou um ofício para vários deputados buscando apoio para a retirada do tráfego de caminhões que transportam minério da rodovia. De acordo a Sorear, este trânsito intenso somado a outros problemas, listados no documento, seriam os principais motivos de tantos acidentes.

Segundo o presidente da Sorear, Crispim Ribeiro, a campanha tem tido muito repercussão: “Estamos recebendo muito apoio, porque é assunto que envolve milhares de pessoas. Todo mundo que precisa passar pela BR-040 está apoiando”, afirma.

Confira o ofício com o pedido de apoio ao movimento

“Estamos promovendo, por meio da nossa entidade de Engenheiros e Arquitetos, um grande movimento em Lafaiete e região sobre o desvio do alto fluxo de caminhões e carretas que transportam minério pela rodovia BR-040, no trecho de Nova Lima a Congonhas. Esse transito tem envolvimento com um acentuado índice de acidentes na rodovia que ocorrem neste trecho, resultando, em alguns casos, em vítimas fatais, conforme dados estatísticos.

A nossa entidade de Engenharia (Sorear), inclusive, já identificou algumas sugestões por meio de rotas alternativas e usos consorciados de vias particulares, que poderão ser objetos de discussão para uma possível solução de minimização deste grande pesadelo – os acidentes – que impacta os usuários que trafegam pela rodovia.

Neste trecho em questão, lamentavelmente, na sua maior extensão, vale pontuar alguns itens que contribuem para esta insegurança no trânsito, tais como:

  • caminhões e carretas que transportam  minério trafegando em alta velocidade; imposição de metas diárias de volumes transportados (recorde);
  • danificação do piso asfáltico, em função de possíveis excessos de carga;
  • quebras frequentes de para-brisas e outros danos materiais, em função de lançamento de partículas de minério por ação dos ventos;
  • comprometimento da manutenção da sinalização vertical e horizontal em função do lançamento de poeiras e lamas;
  • deficiências na fiscalização dos condutores, veículos (manutenção/carga) e na educação do trânsito;
  • inexistência de balanças;
  • prevenção e mitigação dos impactos das atividades minerárias ao longo da rodovia, tais como: segurança dos maciços de barramentos, destinação ambientalmente correta de efluentes, prevenção no transbordamento da lama; entre outros. 

Vale ressaltar ainda, como fatores associados, outros aspectos e características do referido trecho, tais como:

  • elevado número de veículos em geral que trafegam pela rodovia, motivado obviamente pela dependência das necessidades da população das cidades da região interiorana em relação à capital;
  • sinuosidades, declives e aclives acentuados;
  • ausência predominante de acostamentos e áreas de escape;
  • ocupação urbana das faixas de domínio e setores adjacentes;
  • falta de regulação dos entroncamentos (acessos) junto a rodovia, entre outros. 

Consideramos que uma das possíveis hipóteses de transporte poderia ser por meio de via alternativa (rodovia), cujo trecho sugerido tem uma extensão de 4 a 5 km até a via particular a ser consorciada. Os custos necessários à implantação desta via poderiam ser arcados pelas próprias mineradoras, resguardadas obviamente, as devidas proporções em relação aos volumes transportados que, comprovadamente, usam o referido trecho da rodovia 040 para o transporte das suas produções até aos pátios de minérios localizados em Congonhas e região.

Aguardamos, portanto, a manifestação quanto ao apoio da nossa mobilização política desta grande ação de interesse dos usuários da rodovia em geral, além da participação da imprensa e, principalmente, do Grupo S.O.S. BR-040, do qual a nossa entidade faz parte, representado pelos Condomínios do Alphaville, Retiro do Chalet, Ville Des Lacs e outros, para que possamos ter uma base sustentável de discussão e uma efetiva representação junto ao governo federal, empresas e entidades envolvidas. Pretendemos dar início aos entendimentos preliminares a partir de fevereiro do corrente ano.

Um dos fatores que motivou esta inciativa de mobilização, em defesa dos usuários da rodovia, na prevenção de acidentes, foi o exemplo da Vale. Após inúmeros acidentes ocorridos na região do viaduto das Almas (Vila Rica), a empresa, como forma de reduzir os índices de acidentes na BR-040, construiu uma rodovia interna (particular), com uma extensão de 26 km, ligando a mineração, localizada na região do Pico (Itabirito), até à fábrica/pátio (antiga Ferteco), localizada às margem da rodovia 040 (Ouro Preto)”. 





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Postado por Redação, no dia 21/01/2020 - 14:45


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