Desde 2015, os números de casos de caxumba se multiplicaram, deixando autoridades e a secretaria de estado da Saúde, preocupados. O aumento de casos – já são 813 em 2019 – se deve à durabilidade e efetividade da vacina. O aumento de incidência de caxumba é mundial, segundo revela o professor da Faculdade de Saúde e Ecologia Humana, o infectologista José Geraldo Ribeiro. De acordo com ele, a doença é combatida pela vacina tríplice viral, que ainda protege contra o sarampo e a rubéola. O aumento resultou na descoberta de que a imunização tem um período efetivo temporário, durando cerca de 13 anos. Depois disso, a patologia pode voltar a se manifestar.
Tratamento
Recomenda-se ministrar as duas doses da vacina até o segundo ano de vida da criança. “A pessoa pode até receber a terceira dose, mas, em cinco ou seis anos, os níveis de anticorpos retornam ao anterior à segunda vacinação. Não é aconselhado que as pessoas se vacinem reincidentemente”, esclarece José Geraldo. O infectologista afirma ainda que quem já foi vacinado, pode ter a doença novamente, porém de forma mais branda. “É uma caxumba leve, bem diferente da forma comum”. Nenhum país no mundo adotou como medida ministrar a terceira dose da vacina da tríplice viral.
Em casos de surtos, frequentes em escolas infantis, é necessária a verificação da cobertura vacinal dos alunos. Caso algum estudante não tenha tomado a segunda dose, os pais devem ser orientados a completar o cartão de vacina. Adultos até 29 anos também podem tomar a segunda dose. O especialista reitera que não é indicado a injeção da terceira dose da vacina, já que é preciso conscientizar sobre a escassez da vacina no mundo.
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Postado por Redação, no dia 29/04/2019 - 12:04