Verifica-se desde os tempos mais remotos a utilização de drogas pela humanidade, não só pelos rituais religiosos em algumas culturas como também para aliviar a dor. O povo egípcio utilizava de opiáceos e maconha para alterar o estado psíquico. Já na antiguidade os medicamentos eram originados de plantas, dando origem à palavra droga como “folha seca”.
Para o meio científico a definição de “droga” é qualquer substância capaz de alterar o funcionamento do organismo, acarretar em mudanças fisiológicas e comportamentais. As chamadas psicotrópicas agem no cérebro alterando os estados mentais e ou psíquicos provocando mudanças nas sensações, pensamentos e comportamentos do usuário. Boa parte dessas drogas pode causar dependência através de sua utilização.
O que irá configurar o fenômeno da dependência química (ou adicção) é o uso compulsivo, repetitivo e contínuo de uma determinada substância que altera o funcionamento da atividade mental, mesmo tendo prejuízos diversos decorrente desse consumo. A maioria inicia-se com o consumo de bebidas alcoólicas ainda na infância, dentro da própria casa, na presença de seus familiares, até mesmo no copo dos próprios pais.
A reação de euforia e desinibição faz com que o indivíduo utilize de maneira repetitiva. Esse efeito prazeroso é de curta duração, gradativamente começa sentir que o álcool não é suficiente para produzir tal sensação. Esse desprazer aliado a perda de autocrítica contribui que experimente outras drogas (maconha, cocaína, crack...) assim sucessivamente.
Dessa forma, o dependente vai “organizando” sua vida em torno do uso de drogas, escolhe amigos usuários, situações onde possam usar e passa ter um estilo de vida voltado para o uso. Mudanças que o afasta da família, escola, trabalho e dos valores essenciais da vida. O dependente químico (ou adicto) sentindo-se discriminado isola-se e passa a frequentar lugares perigosos onde sua vida e saúde ficam vulneráveis. Como forma de autodefesa utiliza das mentiras e manipulações diversas.
Confuso e instável tem dificuldade de aceitar ajuda. Sem motivação para enfrentar um tratamento ameaça a família que se torna refém do seu comportamento. É preciso que a família se encoraje e procure orientação, mesmo que o dependente não queira ajuda. Como a dependência química configura uma doença crônica, o tratamento é permanente, portanto é necessário que o dependente químico ingresse no tratamento em prol de seu fortalecimento emocional e que possa assumir a responsabilidade de sua vida.
Na próxima semana, continuaremos neste assunto. Abordaremos alguns tipos de drogas e seu efeito no cérebro.
Renata Fernanda Dias
Psicóloga. CRP04/13463
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Postado por Redação, no dia 28/04/2019 - 10:11