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Saúde


Nutricionista alerta: sono ruim engorda e agrava doenças

Saiba como os hormônios agem para que seu corpo repouse de maneira eficiente e o que você pode fazer para otimizar esse processo




Sentir sono durante o dia, acordar cansado e precisar tirar um cochilo periodicamente poderiam ser desculpas de preguiçoso. Mas o que pouquíssimas pessoas sabem é que a sonolência e a preguiça durante o dia podem estar relacionadas à alimentação, distúrbio do sono, distúrbio hormonal (melatonina x cortisol) e ansiedade. De acordo com a nutricionista Amanda Oliveira, o sono reparador atua na prevenção de doenças, no emagrecimento, na melhora da memória e da saúde, no controle da ansiedade e no ganho de massa muscular em praticantes de atividade física. E por essas e outras razões, achar as causas da perda de qualidade no sono e o tratamento ideal para cada caso realmente fazem a diferença na vida das pessoas.
Conforme explica Amanda Oliveira, o sono é dividido em duas fases: sono REM (movimento rápido dos olhos) e NREM (movimento não rápido dos olhos) – fase que corresponde a 75% do período do sono. “A fase REM é caracterizada pela intensa atividade cerebral, muito semelhante ao estado de vigília. Nessa fase ocorrem movimentos oculares rápidos, o que explica o nome do estágio. É no REM que ocorrem os sonhos. Embora a fase do REM não resulte em um descanso profundo, ela é importante para nossa recuperação emocional. Já a fase do NREM é muito importante para o corpo. É nela que ocorre a secreção dos hormônios do crescimento, sendo essencial, também, para a recuperação de energia física. É na fase NREM que realmente existe o descanso profundo e menor atividade neural”, pontua.
Um bom sono proporciona muito mais do que disposição e bom humor. De acordo com a nutricionista, ele é responsável por fixar a memória. “O sono é reparador porque recupera as funções dos neurônios, das sinapses (ligações entre os neurônios) e revigora as associações realizadas durante o dia. Esta ação é muito importante para a aprendizagem, pois reforça os circuitos neuronais utilizados durante o sono, e também nos sonhos, conseguimos aliviar as tensões, as repercussões do “stress” diário e, assim, prevenir as doenças”, explica. Já um sono não reparador pode levar a distúrbios como obesidade, hipertensão, esteatose hepática, fibromialgia, artrose, doenças neuronais, problemas cardíacos, depressão, câncer. “Então, podemos dizer que o sono reparador é uma forma de prevenção de inúmeras doenças”, acrescenta.
E a boa notícia é que é possível melhorar a qualidade do seu sono com uma dieta adequada e orientação nutricional: “Nos alimentos, temos nutrientes e substâncias antioxidantes/ anti-inflamatórias que ajudam no controle metabólico e manutenção da saúde. Além disso, há fitoterápicos e nutracêuticos que contêm bioativos para auxiliar na melhora do sono e na modulação hormonal. Converse com o seu nutricionista sobre isso”, aconselha Amanda oliveira.

Sono e o ganho de massa

E se o seu objetivo é ganhar massa muscular, você tem mais um motivo para estreitar suas relações com o travesseiro. Isso porque o sono favorece o desempenho físico e ganho de massa muscular, conhecido como sono anabólico. “Durante o sono, em especial o sono profundo e sem interrupções, o corpo produz além de outros hormônios, o hormônio do crescimento (GH). Esta substância é responsável pelo nosso crescimento na infância e adolescência, mas também é essencial na idade adulta, pois tem a função de fazer a reparação dos tecidos do corpo e promover o crescimento muscular juntamente com a testosterona. O aumento de células no músculo, ou seja, acontece por meio da reparação das pequenas lesões que ocorrem após o treinamento. Assim, o exercício promove micro lesões musculares e o GH entra no processo de recuperação do tecido muscular. Logo, do aumento de massa muscular”, assegura.

Como os hormônios agem no seu corpo

Por volta de 21h, uma glândula localizada no cérebro (pineal) libera o hormônio do sono (melatonina). Durante o sono, são liberados os hormônios anabolizantes, responsáveis pelo crescimento estrutural e muscular (GH e IgF- 1), assim como aqueles que regulam o apetite (grelina, leptina, colecistoquinina (CCK) e neuropeptideo Y /NPY). Ao amanhecer, somos acordados pelo hormônio cortisol. “Nosso corpo funciona através de sinalização hormonal e feedbacks, regulados por nutrientes (vitaminas e minerais) obtidos com uma alimentação saudável. Então, a sinalização para a melatonina ser liberada à noite está relacionada com a queda do cortisol no decorrer do dia e com a presença de cofatores nutricionais que regulam o metabolismo”, detalha Amanda Oliveira.




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Postado por Redação, no dia 26/03/2019 - 16:41


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