A população de Lafaiete e região está cada vez mais comovida com a situação do garotinho João Marcos Vale da Cruz, de 5 anos, diagnosticado com leucemia.O pequeno, mas bravo, João Marcos vive uma batalha diária pela vida. Parte da esperança está na campanha "Amigos do João Marcos". Divulgada nas redes sociais, a iniciativa vem mobilizando várias pessoas. E, no sábado, dia 30 de março, uma equipe do Hemominas estará na cidade realizando as coletas para testes de compatibilidade. A coleta será no Colégio Potência, a partir das 8h. Pai de João, Alan Marcos da Cruz conta que todos continuam firmes na batalha: "Contamos com o apoio e a solidariedade de todos. Juntos vamos vencer".
O drama do garotinho começou em dezembro de 2016, quando ele tinha apenas 3 anos. Segundo o pai, o pequeno começou a demonstrar que algo não estava bem.
Ele parou de comer, estava muito desanimando e apresentava sudorese excessiva. "Como ele não estava se alimentando na época, estava difícil fazer o exame de sangue. Então, passou o Natal e, no dia 27, conseguimos fazer o exame de sangue. Assim que fizemos e saiu o resultado, o pediatra dele entrou em contato e disse que precisava de nossa presença no seu consultório com urgência. O exame dele estava muito alterado. Assim que chegamos e conversamos com o médico, ouvimos a triste notícia - leucemia. Ele chegou ao hospital com 90% do corpo tomado pela doença. Estava muito avançado", lembra.
O diagnóstico - Com o diagnóstico, os pais seguiram com João para Belo Horizonte. Na primeira etapa do tratamento, ele deu entrada no Biocor e ficou internado por 35 dias. Nesse período, segundo Alan, foram feitas sessões de quimioterapias e tratamentos com corticoides: "Ele conseguiu extinguir a doença com 15 dias de tratamento. Foi o único caso assim no Biocor. Continuamos com o protocolo e a última sessão de quimioterapia dele seria em março deste ano", relembra.
Sem manifestações da doença, ele fazia quimioterapia para manter. Mas em janeiro desse ano, os exames voltaram a apresentar resultados alterados: "A doença estava controlada; não existia doença no corpo dele. Mas, infelizmente, a leucemia voltou e ele precisará do transplante para obter a cura", lamenta Alan. O pequeno João tem seis meses para fazer o transplante e os pais começam a correr contra o tempo. "Primeiro, o tratamento terá que extinguir a leucemia para, depois, nosso filho receber o transplante. Eu e minha esposa fizemos o teste de compatibilidade. Nossa compatibilidade é de 50%. Em casos muito raros, o pai ou a mãe tem a compatibilidade de 100%", explica.
Dia a dia de João Marcos - Apesar de todas as adversidades, Alan diz que João é uma criança alegre, comunicativa e muito carinhosa. "Mesmo enfrentando tudo isso, ele não perde a alegria. É uma criança muito amorosa e, por onde ele passa, contagia a todos com seu amor".
Doação de medula
João Marcos será cadastrado do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). "A nossa esperança é que ele consiga um doador compatível. Pedimos o apoio e a solidariedade de todos os lafaietenses para salvar a vida de nosso filho e de outros que também precisam. Já estamos pensando em fazer caravanas e se tentar trazer uma equipe do Hemominas a Lafaiete".
Com mais de 3.700 milhões de doadores cadastrados, o Redome é o terceiro maior banco de doadores de medula óssea do mundo. Reúne todos os dados dos voluntários à doação para pacientes que não possuem um doador na família. A chance de se identificar um doador compatível, no Brasil, na fase preliminar da busca é de até 88%, e ao final do processo, 64% dos pacientes têm um doador compatível confirmado.
O transplante de medula é indicado em casos de doenças do sangue como a anemia aplástica grave, outras anemias adquiridas ou congênitas e na maioria dos tipos de leucemias (câncer de sangue), como a mieloide aguda, mieloide crônica e a linfoide aguda. O procedimento pode ser indicado, ainda, para o tratamento de um conjunto de cerca de 80 doenças.
Para ser doador de medula, é preciso:
Para doar, é preciso:
Ter entre 18 e 55 anos de idade.
Estar em bom estado geral de saúde.
Não ter doença infecciosa ou incapacitante.
Não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico.
Algumas complicações de saúde não são impeditivas para doação, sendo analisado caso a caso.
Vale lembrar que quem já é cadastrado, caso mude de endereço ou telefone tem que atualizar o seu cadastro.
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Postado por Redação, no dia 26/03/2019 - 10:39