São diversos os fatores que podem levar alguém a considerar o suicídio como opção, seja de ordem emocional, social ou médica, como a depressão. Mas, em geral, a pessoa se enxerga em uma situação muito complicada, com muita dor e sofrimento, para a qual ela não consegue achar uma solução, vendo no suicídio a última saída.
Setembro Amarelo é uma campanha de prevenção ao suicídio que visa à conscientização da população sobre esse grave problema e formas de evitá-lo. É uma campanha de extrema importância, uma vez que o suicídio se tornou um grave problema de saúde pública e que, muitas vezes, pode ser evitado. Quando entendemos que o suicídio é uma realidade e que pode afetar pessoas ao nosso redor, fica mais claro que é fundamental conversarmos a respeito.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 800 mil pessoas tiram a própria vida todos os anos, sendo 75% destes indivíduos moradores de países de baixa e média renda. Estima-se que no mundo aconteça um suicídio a cada 40 segundos. Atualmente, o suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens com idades entre 15 e 29 anos. Todos os dias, pelo menos 32 brasileiros tiram suas próprias vidas. Todos esses números poderiam ser evitados ou reduzidos consideravelmente se existissem políticas eficazes de prevenção ao suicídio.
Os sintomas são silenciosos, e nem sempre são visíveis. Há sintomas verbais e comportamentais que incluem isolamento, desinteresse, alterações no apetite e no sono, agressividade. No geral, sintomas de depressão associados a sinais verbais podem mostrar que a pessoa está em risco.
A mudança brusca de rotina que a pandemia causou na vida e no trabalho das pessoas trouxe impactos para a saúde mental. Pesquisas vêm constatando que a depressão e a ansiedade aumentaram durante a pandemia, quando todos foram obrigados ao isolamento social, fazendo aumentar o medo do futuro e elevando a carga de estresse. A conscientização e a informação são a chave para diminuir o número de suicídios. Aumentar o esclarecimento da população sobre os transtornos mentais e disponibilizar tratamentos eficazes também são necessários. Falar abertamente sobre o assunto, desmistificando e eliminando os tabus que o envolvem.
Mas não basta só falar. É preciso, também, agir. Encorajar a busca por auxílio médico, indicar apoio especializado, fortalecer a rede de apoio dessa pessoa e, principalmente, restringir acesso a métodos possíveis de suicídio são as principais formas de ação. Hoje contamos com o Centro de Valorização da Vida – CVV, que realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo de forma voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, per telefone (188), e-mail e chat 24h todos os dias.
“Você não está só! Essa tempestade também vai passar.”
Serviço
Renata Assis
Psicóloga Clínica
Especialista em TCC
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Escrito por Renata Assis, no dia 05/10/2021