O Corvo lhe espreita todo final do dia. Uma Aranha sem qualquer elegância, usando peruca castanha, asquerosa e traidora, outrossim, lhe espreita rotineiramente. Certo é, que são capatazes, chefes de um grupo de pessoas que trabalham nas sombras, aquando você chega ao trabalho ou em sua mansarda, uma casa pobre. É certo que essa comorbilidade, uma patologia de caráter que lhes é peculiar, funciona como uma Bíblia a lhes servir de lenitivo, de consolação, lhes acalmando a falta de talento, de aptidão natural. Também certo é, entretanto, que seu falecimento, sendo você um vassalo, súdito da soberana vida, não terá um passamento, uma agonia final, determinado pela seleção natural, mas na conta do Corvo e da Aranha será uma questão de ordem e de sobrevivência de ambos.
Sílvio Lopes de Almeida Neto
Fevereiro 3, 2021
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Escrito por Silvio Lopes, no dia 03/02/2021