É bem verdade que não sei escrever. Não me culpem. Culpadas são as palavras tristes –principalmente elas – nesta quinta-feira chuvosa e sem graça de tudo. Pode ser verdade que o amor é um facínora e não é primário. Recluso apenas nos corações e mentes, ele anda por aí, em liberdade, fazendo vítimas seguidamente. Sem apresentação formal, sabe-se, tempos depois, ser ele leviano, tresloucado, indevido. Sua idiossincrasia quase pessoal, contudo, imaterial, possui a maneira de agir específica de uma pessoa. Em caso da mulher amada, aquando ela se aproximava, ou aquando ela passava pela porta do coração dele – o moço triste – esticando os passos até a alma, o cérebro, lugar em que as lembranças permeiam um pretérito recente, as lágrimas lhes dão boas vindas. O moço triste, amou, ama , e tanto, que esvaecido, diluído, dissipado, observei, patético, mais lágrimas que lhe fazem necessário a presença de um braceiro – o que dá o braço a outrem servindo-lhe de apoio. Certeira a distância entre nós e ele da mulher amada. Ante o contexto, “há probabilidades sólidas e evidências contundentes” de um nunca mais! Lobão contou prá gente, com os olhos cerrados sobre o MANIFESTO DO NADA NA TERRA DO NUNCA e foi chorar com sua guitarra de plantão.
Sílvio Lopes de Almeida Neto
Maio 07, 2020
Você está lendo o maior jornal do Alto Paraopeba e um dos maiores do interior de Minas!
Leia e Assine: (31)3763-5987 | (31)98272-3383
Escrito por Silvio Lopes, no dia 07/05/2020