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Número de casamentos cai e de divórcios sobe em Lafaiete

Segundo o Censo 2022, as pessoas estão se casando mais tarde e se separando mais cedo; saiba quais são as cidades mais ‘casamenteiras’ e mais ‘separadeiras’ da região



Foto: Arquivo Jornal CORREIO

 Lafaiete tem mais divórcios do que casamentos, segundo o Censo do IBGE 

 

O Censo trouxe um novo panorama sobre as famílias e mostrou que os brasileiros estão se casando cada vez menos e se divorciando cada vez mais. As pessoas estão demorando mais para se casar e, ainda assim, o tempo de duração dos casamentos segue em queda. A pesquisa também mostra que a pandemia de Covid-19 (e as consequentes orientações sanitárias de distanciamento) alterou pontualmente as Estatísticas do Registro Civil 2022, divulgadas no dia 27 de março. E que entre 2020 e 2021, o número de casamentos aumentou, em razão da flexibilização das medidas para contenção da covid-19. Mesmo assim, o número de registros de casamentos não superou a média dos cinco anos anteriores à pandemia (2015 a 2019).

Mas ‘dizer sim’ ainda é a es­colha de muita gente na re­gião. O indice nacional de casa­mentos é de 6 a cada mil habitantes de 15 anos ou mais (a idade legal para casar começa a partir de 16). E entre as 20 cidades da região analisadas, 14 superam essa média. A cidade mais ‘casamenteira’ da região é São Brás do Suaçuí, com média 9,32. Nada, é claro, que se compare com Sapucaia (PA), onde ocorreram 111 casamentos para cada mil habitantes. Voltando à região, Queluzito vem na sequência, com 9,2. Congonhas é a 5ª (7,96) e Ouro Branco, a 9ª. Lafaiete só aparece na 16ª posição, e com 5,24, fica abaixo da média nacional. Foram 568 casamentos em 2022 (29º posição em Minas Gerais). O casamento vem passando longe dos planos de muita gente em Senhora de Oliveira (2,15), La­mim (2,96), Rio Espera (3,84), Pi­ran­ga (4,62) e Desterro de Entre Rios (5,94).

As pessoas não só estão se casando menos, como estão se casando mais tarde. No Brasil, as idades dos cônjuges, independente do estado civil prévio, aumentaram ao longo dos últimos anos. Em 2000, 6,3% das mulheres que se casaram tinham 40 anos ou mais de idade. Em 2022, 24,1% dos registros de casamentos civis entre pessoas de sexos diferentes ocorreram com mulheres nessa mesma faixa etária. Esse fenômeno também foi observado entre os homens, com um aumento de aproximadamente 20 pontos porcentuais nos registros de casamentos em que os homens com 40 anos ou mais, comparando os anos de 2000 (10,2%) e 2022 (30,4%).

Pesquisadores do IBGE avaliam que a ampliação da idade ao se casar pode estar relacionada ao adiamento da decisão pelo casamento civil e ao aumento do número de recasamentos: a participação de registros de casamentos em que pelo menos um dos cônjuges era divorciado ou viúvo variou de 1,4% em 2012 para 12,8% em 2002 e alcançou 30,4% de todos os registros de casamentos civis entre pessoas de sexos diferentes do país. Em 2022, considerando pelo menos um dos cônjuges divorciado ou viúvo, as idades médias do homem e da mulher eram de 45,0 e 40,9 anos, respectivamente.

Felizes para sempre? Em contrapartida, o volume de divórcios na região está bem abaixo da média de 2,5 para cada mil habitantes observada no restante do país. A cidade mais ‘separadeira’ é Casa Grande (1,6). Casa Grande vem depois, com média 8. Lafaiete é a 10ª colocada em divórcios (0,34), Ouro Branco (0,29) vem em 12º e Congonhas (0,21), em 13° lugar. As uniões permaneceram inabaláveis em Capela Nova, Itaverava, Lamim, Santana dos Montes e Senhora de Oliveira, que não registraram nenhum divórcio no período pesquisado.

No Brasil, em 2022, a pesquisa apurou 420.039 divórcios concedidos em 1ª instância ou realizados por escrituras extrajudiciais, o que representa um aumento de 8,6% em relação ao total contabilizado em 2021 (386.813). Consequentemente, houve um acréscimo, também, na taxa geral de divórcios: o número de divórcios para cada 1 000 pessoas de 20 anos ou mais de idade passou de 2,5 (2021) para 2,8 (2022). O tempo médio de casamento também vem caindo. Em 2010, era de cerca de 16 anos. Em 2022, o número caiu para 13,8 anos. Nas Grandes Regiões, esse tempo médio variou de 15,0 a 17,1 anos, em 2010, para de 12,7 a 15,3 anos, em 2022.




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Postado por Rafaela Melo, no dia 14/04/2024 - 16:44


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