Foto: divulgação
O advogado Roney Neto
Após quase 26 horas de julgamento no Fórum da Comarca de Conselheiro Lafaiete, foi anunciada a sentença do júri popular que julgou quatro jovens acusados de envolvimento no homicídio de Ronan Alves, morto a tiros durante um ataque no Dümm Gastrobar, em outubro de 2023. O crime, que chocou a cidade e a região, também deixou outras quatro pessoas feridas.
Dos réus julgados, três foram condenados: I.H.P.G., de 19 anos, condenado a 30 anos de prisão; S.M.S.S., também de 19, sentenciado a 32 anos; e Y.G.G., de 23, condenado a 37 anos de reclusão. Já a acusada B. foi absolvida. O julgamento foi marcado por momentos de tensão, com depoimentos de testemunhas, argumentos do Ministério Público e defesa dos réus. Segundo os autos, as investigações apontaram que o crime foi planejado, com divisão de tarefas entre os envolvidos, e motivado por disputas relacionadas ao tráfico de drogas, supostamente ligadas ao grupo “Real de Queluz”.
As imagens das câmeras de segurança do local revelaram que B. teria se aproximado da vítima e, em seguida, sinalizado o momento do ataque. Logo depois, I., S., Y. e dois menores retornaram ao local e efetuaram diversos disparos. Ronan foi atingido fatalmente, enquanto quatro outras pessoas, que não eram alvos, foram baleadas e ficaram gravemente feridas. O Ministério Público sustentou que o crime foi cometido por motivo torpe, com uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas, além de representar um perigo comum, já que os disparos ocorreram em um ambiente lotado, colocando em risco dezenas de pessoas.
A votação do júri popular pela condenação de S. e Y. foi apertada: 4 votos a 3. Já a condenação de I. foi unânime (4 votos a 0). A absolvição de B. foi aceita pelos jurados após análise dos argumentos apresentados pela defesa. A defesa dos réus, representada pelo advogado Roney Neto, já interpôs recurso de apelação em nome de S. e Y., alegando nulidades durante o processo. “Identificamos vícios que comprometeram a regularidade do julgamento, e vamos tentar anular a decisão junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais”, caso isso aconteça teremos um novo julgamento, afirmou o advogado.
O caso teve grande repercussão local devido à violência e à audácia do ataque em pleno centro da cidade. O julgamento, iniciado na terça-feira (23) e concluído na quinta (24), reuniu familiares das vítimas, amigos dos acusados e representantes da sociedade civil, e foi acompanhado com atenção pela comunidade.
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Postado por Sônia da Conceição Santos, no dia 25/04/2025 - 16:21