Foto: Prefeitura de Congonhas
O foco da atual gestão é garantir qualidade na elaboração e execução das intervenções
A Prefeitura de Congonhas está desenvolvendo uma série de projetos técnicos para enfrentar os recorrentes alagamentos em diferentes regiões urbanas do município. A iniciativa conta com o apoio de professores da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), especializados em Engenharia Civil, que atuam como consultores da Secretaria Municipal de Obras por meio da empresa CNM Engenharia Ltda., contratada pela administração. O trabalho visa solucionar os transtornos causados pelas chuvas intensas, que afetam pontos como a avenida Paralela, no bairro Jardim Profeta, o Alvorada, a rua Sabará, na Praia, trechos da avenida JK, a rua Santa Quitéria, no Zé Arigó, a avenida Noemi Ferreira Lobo, no Alto do Cruzeiro, além das regiões do Pires, Joaquim Murtinho, Residencial, Fonte dos Moinhos e outros bairros.
O professor Jackson de Oliveira Pereira, da UFSJ, que atua na área de Drenagem, Hidráulica e Saneamento, explica que cada local é analisado individualmente para encontrar soluções viáveis sob os aspectos técnico, econômico, social e ambiental. “Já apresentamos uma proposta de drenagem para a avenida Paralela, visitamos vários pontos críticos e estamos estudando novas medidas para bairros como o Pires e o Alvorada, que impacta diretamente a Praia, devido à conexão entre as bacias hidrográficas”, afirma. Segundo o secretário de Obras, Thales Costa, a complexidade do projeto exige análises detalhadas da dinâmica da água entre os bairros. A macrobacia do Alvorada, uma das principais responsáveis pelos alagamentos, compreende áreas como Tijucal, Matriz e Praia. A água acumulada desce por vias como a rua Hematita e a rua Sabará até desaguar no rio Santo Antônio — que frequentemente transborda por não comportar o volume.
Para resolver essa situação, uma das alternativas em estudo é a instalação de uma nova tubulação subterrânea na rua Sabará, aproveitando a inclinação do terreno para escoamento por gravidade. No entanto, o sistema deverá ser projetado com profundidade suficiente para evitar o refluxo do rio. Costa destaca ainda que existem dois tipos de alagamentos: o natural, causado pelo transbordamento de rios, e o urbano, relacionado à falta de planejamento em áreas pavimentadas e com pouca vegetação. “Esses últimos são mais frequentes em cidades como Congonhas e exigem intervenções bem planejadas para evitar desperdícios de recursos e atrasos nas obras”, pontua.
De acordo com o diretor de Projetos de Engenharia da Secretaria de Obras, Fábio Mendonça Nogueira, o foco da atual gestão é garantir qualidade na elaboração e execução das intervenções, não apenas em drenagem, mas também em obras de contenção de encostas, mobilidade urbana e infraestrutura geral. “Temos vários projetos estruturantes em desenvolvimento para melhorar a vida da população”, conclui.
Projetos visam melhorar infraestrutura pluvial e minimizar transtornos em bairros afetados por enchentes
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Postado por Sônia da Conceição Santos, no dia 22/04/2025 - 13:20
