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Região


Arte urbana ocupa pela primeira vez o Museu de Congonhas e dá início a ano histórico na cidade

O evento marca a abertura das comemorações que celebram os 220 anos dos Profetas de Aleijadinho



Fotos: Daniel Silva/Prefeitura de Congonhas


A exposição simboliza a democratização do espaço cultural.


A inauguração da exposição “Se Essa Rua Fosse Minha”, do multiartista Pedro Esteves, neste 9 de abril, trouxe um importante marco para o Museu de Congonhas. Pela primeira vez, o espaço histórico recebeu uma mostra de arte urbana, abrindo as portas para um diálogo entre o patrimônio cultural e as expressões contemporâneas, no início das comemorações de 2025, um ano repleto de significados para a cidade.

Congonhas celebra em 2025 os 220 anos dos Profetas de Aleijadinho, 40 anos como Patrimônio Cultural da Humanidade e o 10º aniversário do Museu de Congonhas. A exposição, que conta com a colaboração de Matheus Uhsaga e Gabi Grotti na curadoria expográfica, é uma das primeiras grandes ações do ano e simboliza a democratização do espaço cultural. "Estamos muito felizes em abrir o ano com essa exposição. Pedro Esteves é um artista multifacetado, e sua obra reflete a força da arte urbana. Isso tem um grande significado para nós", declarou Agnaldo Tadeu, diretor do museu. A mostra, que segue até junho com entrada gratuita, propõe uma reflexão sobre o papel da arte na transformação dos espaços urbanos e traz à tona temas como sustentabilidade, identidade e consciência social. As obras foram realizadas com materiais reaproveitados e madeira de reflorestamento, criando um elo com as questões ambientais. A parceria para a realização do evento envolveu o Museu de Congonhas, a Fundação Municipal de Cultura, Lazer e Turismo (FUMCULT), a Prefeitura Municipal, a Secretaria de Cultura, o IFMG – Polo Congonhas e o Centro de Apoio ao Menor de Congonhas (CEAMEC)

Durante a abertura, o ator Hudson Haony emocionou o público ao declamar a poesia O Som do Silêncio, em homenagem ao artista, enquanto Douglas Pinto, do CEAMEC, recebeu um quadro simbólico de Pedro Esteves. "Este quadro representa a justiça para nossas crianças. É um gesto que nos toca profundamente", disse Pinto. Com grande emoção, Esteves compartilhou o processo de criação da exposição: “Quando começamos a sonhar com isso, eu disse para o Pablo: ‘Não vamos decepcionar. Isso vai abrir portas para muita gente.’ A arte deixou de ser apenas um hobby, ela virou motivo para viver, uma chama que salva." O título Se Essa Rua Fosse Minha reflete o desejo do artista e seus colegas de ocuparem o museu com uma arte genuína, nascida nas ruas. "Sempre olhávamos o museu e pensávamos: ‘Se um dia a gente entrar lá, vamos fazer algo incrível.’ E hoje, a rua é nossa”, afirmou.

Pedro Cordeiro, presidente da FUMCULT, reforçou a importância do evento dentro do trabalho da fundação, que também administra outros espaços culturais como a Rádio Educativa 97.5 FM, o Museu da Imagem, o Cine Teatro Leon, entre outros. "Queremos que a comunidade abrace todos esses espaços. Eles pertencem a ela. Se não contarmos nossa história, ninguém o fará por nós", ressaltou Cordeiro. A exposição também reflete o entusiasmo dos artistas envolvidos. Matheus Uhsaga, curador expográfico, descreveu o evento como “um sonho de anos aprimorado, uma complexidade dentro da simplicidade. Assim é nossa exposição.” A mostra, que une arte e memória, é um convite para que o público reflita sobre seu próprio lugar na cidade e na história.

 

O multiartista Pedro Esteves

 

 




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Postado por Sônia da Conceição Santos, no dia 10/04/2025 - 15:20


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