Foto: Divulgação/Tiago Marques/Agência Sertão
Rio São Francisco tem registrado diminuição em seu nível; período de estiagem começa em abril
Tiago Marques
Agência Sertão
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As chuvas registradas entre o fim de dezembro e o início de janeiro contribuíram para a recuperação dos reservatórios da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco e para a cheia em grande parte do curso do rio.
No entanto, as precipitações se tornaram escassas a partir do fim de janeiro, e o nível do rio voltou a atingir patamares semelhantes aos observados antes do período chuvoso, conforme dados da Rede Hidrometeorológica Nacional.
No município de São Francisco, no Norte de Minas Gerais, o rio atingiu a cota de 8,23 metros no dia 18 de janeiro. Na sexta-feira, dia 20 de março, o nível havia caído para 1,95 m — pouco acima dos 1,70 m registrados antes das chuvas em setembro de 2024. Com a precipitação ocorrida no fim de semana, o nível subiu para 2,35 m na segunda-feira (24).
Na Bahia, o nível do Velho Chico também segue em queda. Em Bom Jesus da Lapa, o rio alcançou 7,91 m em 23 de janeiro. Na segunda-feira, a medição foi de 2,95 m, pouco acima da registrada antes do período chuvoso, que era de aproximadamente 2,60 m.
No Alto São Francisco, o volume de água que chega ao reservatório da Usina Hidrelétrica de Três Marias, em Minas Gerais, também apresentou queda significativa. Após registrar afluência acima de 2 mil metros cúbicos por segundo (m³/s) no início do ano, o volume de entrada do reservatório ficou abaixo de 200 m³/s na semana passada. Com as chuvas recentes, voltou a superar 300 m³/s.
Previsão do tempo para a Bacia do Rio São Francisco
Os modelos de previsão estão indicando que o mês de março deve terminar chuvoso em boa parte do território Mineiro da Bacia, com previsão de acumulados entre 50 e 100 mm em todas as regiões.
A boa notícia é que há previsões de chuvas volumosas para o mês de abril em boa parte do estado de Minas Gerais, com acumulados podem chegar a 200 mm em algumas localidades. Já na parte da Bahia, a tendência é de chuvas mais escassas, com maiores volumes no Extremo-Oeste.
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Postado por Rafaela Melo, no dia 06/04/2025 - 11:37
