Tempo em Lafaiete: Hoje: 29° - 18° Agora: 21° Segunda, 03 de Março de 2025 Dólar agora: R$ 6,021 Euro agora: R$ 6,193
Cultura


Ainda Estou Aqui vence Oscar de Melhor Filme Internacional



Foto: reprodução internet



O cinema brasileiro fez história na 97ª edição do Oscar, realizada em Los Angeles, neste domingo, com Ainda Estou Aqui conquistando a estatueta de Melhor Filme Internacional. Dirigido por Walter Salles, o longa superou concorrentes como Emilia Pérez (França), A Semente do Fruto Sagrado (Alemanha), A Garota da Agulha (Dinamarca) e Flow (Letônia), marcando uma vitória inédita para o país. Durante seu discurso, Salles dedicou o prêmio a Eunice Paiva, esposa do ex-deputado Rubens Paiva, desaparecido durante a ditadura militar. O caso de Rubens Paiva foi o principal ponto de partida para o roteiro do filme. O cineasta também fez uma homenagem a Fernanda Torres e sua mãe, Fernanda Montenegro, ressaltando seus trabalhos no cinema brasileiro.

Embora Ainda Estou Aqui estivesse indicado também na categoria de Melhor Filme, perdeu para Anora, o maior vencedor da noite, com cinco prêmios no total. No entanto, Fernanda Torres, indicada ao prêmio de Melhor Atriz, não levou a estatueta, que foi conquistada por Mikey Madison, de Anora. Mesmo assim, a atriz entra para a história do Oscar, repetindo o feito de sua mãe, que foi indicada ao prêmio de Melhor Atriz em 1999, embora a vencedora tenha sido Gwyneth Paltrow. A coincidência entre a data do Oscar e o Carnaval brasileiro gerou um clima de festa e torcida, com referências ao prêmio presentes nos desfiles e blocos carnavalescos de todo o país. Máscaras de Fernanda Torres e Selton Mello, fantasias de estatuetas douradas e até bonecos gigantes de Olinda foram vistos durante as celebrações.

O filme de Walter Salles, que retrata o desaparecimento de Rubens Paiva e a luta de Eunice Paiva, também ganhou destaque com a recente correção da certidão de óbito de Rubens, que, após decisão judicial, passou a ser reconhecido como vítima de morte violenta, provocada pelo Estado brasileiro. Especialistas destacam que a obra se diferencia por abordar o passado de uma forma inovadora, além de dialogar com questões atuais. O livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva, que inspirou o filme, alcançou o topo das listas de mais vendidos, e o caso de Rubens Paiva segue gerando desdobramentos legais, com o Supremo Tribunal Federal decidindo analisar se a Lei da Anistia se aplica a crimes de sequestro e cárcere privado cometidos durante a ditadura militar.

Os principais premiados da noite foram:

  • Ator coadjuvante – Kieran Culkin, por A Verdadeira Dor
  • AnimaçãoFlow
  • Roteiro originalAnora
  • Atriz coadjuvante – Zoe Saldaña, por Emília Pérez
  • FilmeAnora
  • Direção – Sean Baker, por Anora
  • Ator – Adrien Brody, por O Brutalista
  • FotografiaO Brutalista

Fonte: Agência Brasil




Você está lendo o maior jornal do Alto Paraopeba e um dos maiores do interior de Minas!
Leia e Assine: (31)3763-5987 | (31)98272-3383


Postado por Sônia da Conceição Santos, no dia 03/03/2025 - 10:20


Comente esta Notícia