A Academia Brasileira de Letras (ABL) adicionou a palavra nomofobia ao Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp), refletindo um fenômeno crescente na sociedade contemporânea. Este novo termo descreve o medo irracional de ficar sem acesso a dispositivos móveis, como celulares, tablets ou computadores, e está diretamente ligado à dependência tecnológica do mundo moderno.
A inclusão de nomofobia no vocabulário oficial ocorre como resposta à transformação das interações sociais, com a tecnologia se tornando parte essencial do dia a dia. O termo, originado do inglês nomophobia (combinando no mobile e phobia, que significa medo), passou a ser amplamente reconhecido à medida que o uso de aparelhos eletrônicos e a conectividade digital se intensificaram.
Esse transtorno psicológico é caracterizado pela ansiedade excessiva diante da possibilidade de ficar sem bateria no celular ou perder o acesso à internet, redes sociais e aplicativos. Especialistas alertam que, com o avanço da tecnologia e o aumento do isolamento social, como visto na pandemia, os casos de nomofobia têm se tornado cada vez mais comuns, afetando a saúde mental de muitas pessoas.
A nomofobia não se limita apenas à preocupação com a falta de sinal, mas pode interferir significativamente na qualidade de vida de quem a enfrenta. Por isso, é fundamental adotar práticas de equilíbrio, como estabelecer limites no uso de aparelhos móveis e buscar atividades que não envolvam tecnologia, visando à manutenção de uma vida mais saudável.