Foto: Daniel Arantes/Epamig
Nesta segunda-feira, 20 de janeiro, é celebrado o Dia Nacional e Mundial do Queijo, e Minas Gerais tem motivos de sobra para comemorar. A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) se destaca na promoção e desenvolvimento do Queijo Minas Artesanal (QMA), uma das maiores riquezas culturais e gastronômicas do estado. Além de liderar pesquisas sobre as características dos queijos e suas diferentes variedades, a Epamig também oferece cursos de nível superior em Tecnologia de Laticínios, no Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT), em Juiz de Fora, Zona da Mata Mineira.
Entre os projetos de destaque, está a pesquisa realizada em 2023 sobre o “Queijo Minas Artesanal da Região Serras da Ibitipoca”, que analisa a maturação do produto em diferentes estações do ano, considerando os impactos de fatores climáticos como umidade e temperatura. O professor e pesquisador Junio de Paula, do ILCT, enfatiza a relevância do trabalho da Epamig, que não só identifica as propriedades sensoriais, físico-químicas e microbiológicas do QMA, mas também preserva as tradições de produção artesanal. A Epamig tem um papel crucial na valorização dos territórios produtores, destacando as particularidades regionais e garantindo a segurança alimentar.
Ao longo do ano, a Epamig também oferece suporte técnico aos produtores, com pesquisas voltadas à melhoria da qualidade dos produtos e à capacitação dos trabalhadores do setor, contribuindo para o fortalecimento da cadeia produtiva. Em 2023, o queijo artesanal mineiro foi premiado internacionalmente com dez medalhas de ouro no Mondial du Fromage et des Produits Laitiers, realizado na França. Esses reconhecimentos reforçam a qualidade e a excelência do QMA, que continua a brilhar em competições internacionais.
Segundo Junio de Paula, a aplicação de tecnologia no processo de produção do queijo tem sido essencial para garantir padrões consistentes de qualidade, sem perder a essência artesanal. A rastreabilidade, a conformidade com normas sanitárias e a valorização do terroir – que reflete as características únicas de cada região – são alguns dos avanços trazidos pela tecnologia. O reconhecimento internacional do QMA ganhou um marco histórico em 2024, quando os “Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal” foram inscritos na Lista Representativa do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco. Esse reconhecimento coloca Minas Gerais em evidência mundial, solidificando o queijo como um patrimônio cultural global.
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Postado por Sônia da Conceição Santos, no dia 20/01/2025 - 11:26