Foto: Arquivo Jornal CORREIO
Nesta segunda-feira, dia 20, católicos de todo o mundo celebram São Sebastião, um dos santos mais venerados da Igreja Cristã. Em Lafaiete, a tradicional festa em honra ao padroeiro será marcada por uma programação especial, com missas e procissão, com o tema deste ano sendo: "Com São Sebastião, na vivência do Ano Santo, somos peregrinos da Esperança."
Os fiéis já estão envolvidos nas festividades desde o dia 11 de janeiro, organizadas pela Paróquia de São Sebastião. E, nesta segunda, o evento alcançará seu ponto alto. A agenda começa cedo, com uma missa às 7h, em memória dos benfeitores falecidos. Às 9h30, será celebrada uma missa com sermão panegírico, seguida de uma missa ao meio-dia, que será marcada pelo repique festivo dos sinos.
Às 15h e às 19h, novas missas especiais serão celebradas, sendo que a última, às 19h, contará com a presença de Dom Edmar José da Silva, bispo auxiliar de Belo Horizonte. Após a missa, haverá a tradicional procissão com a imagem de São Sebastião pelas ruas do bairro, seguida do solene Te Deum e a bênção do Santíssimo Sacramento, encerrando as celebrações em grande estilo.
São Sebastião: o soldado da fé
São Sebastião foi um mártir romano dos primeiros séculos da Igreja Cristã, venerado por sua firmeza na fé em Cristo, mesmo sob intensa perseguição. A devoção ao santo é especialmente forte entre os católicos portugueses e brasileiros, sendo também um símbolo no sincretismo religioso, onde é associado ao orixá Oxóssi.
O santo nasceu em Narbona, na França, no ano de 256 d.C., e se mudou ainda jovem para Milão, na Itália. Alistou-se no exército romano, onde conquistou o posto de comandante da Guarda Pretoriana, tornando-se predileto do imperador Diocleciano. Durante sua carreira militar, secretamente se converteu ao cristianismo e começou a evangelizar os soldados, muitos dos quais também se tornaram cristãos.
Usando sua posição de poder, ele visitava frequentemente os cristãos encarcerados, levando palavras de consolo e esperança aos prisioneiros, que aguardavam sua morte no Coliseu. Sua coragem e fé, no entanto, acabaram por ser descobertas, e ele foi denunciado ao imperador.
Prisão e martírio
Após ser denunciado, São Sebastião foi condenado à morte. O imperador Diocleciano tentou fazê-lo renunciar ao cristianismo, mas o santo se manteve firme em sua fé e foi sentenciado à morte. Amarrado a uma árvore, foi alvejado por flechas atiradas por seus antigos companheiros. Presumido morto, ele foi resgatado por um grupo de mulheres cristãs, lideradas por Irene, e, sob seus cuidados, conseguiu se recuperar.Após sua recuperação, São Sebastião continuou pregando e, mesmo diante de novos pedidos para não se expor, apresentou-se novamente ao imperador, insistindo para que ele cessasse as perseguições aos cristãos. Ignorando suas palavras, Diocleciano mandou que Sebastião fosse açoitado até a morte, e seu corpo foi jogado no esgoto público de Roma, para evitar que fosse venerado como mártir.
Apesar das tentativas de apagar sua memória, São Sebastião segue sendo um símbolo de resistência, fé e coragem para todos os cristãos, sendo comemorado e reverenciado em diversas partes do mundo, inclusive em Lafaiete, onde sua festa será celebrada com grande devoção amanhã.
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Postado por Rafaela Melo, no dia 19/01/2025 - 13:20
