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Secretário explica recusa de licenças a algumas bets no Brasil



Fotos: Divulgação



A regulamentação das bets no Brasil tem avançado significativamente nos últimos meses, estabelecendo um marco legal para um setor que, até então, operava sem supervisão específica. Em 1º de janeiro de 2025, a Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA), vinculada ao Ministério da Fazenda, autorizou 66 empresas a operarem no mercado brasileiro, após o pagamento de uma outorga de R$ 30 milhões cada, totalizando quase R$ 2 bilhões arrecadados.

Porém, nem toda bet que manifestou interesse recebeu a licença. Segundo Regis Dudena, secretário de Prêmios e Apostas, muitas foram barradas por não apresentarem a documentação completa ou por levantarem dúvidas sobre sua idoneidade."Algumas dessas empresas não tiveram aprovação porque seus pedidos de autorização eram deficientes. Por exemplo, dos 100 documentos requeridos, algumas apresentaram apenas 20", afirmou Dudena.

Segundo o secretário, muitas dessas bets nem tentaram complementar a documentação após terem sido notificadas. Por outro lado, um pequeno grupo de empresas foi desconsiderado após informações recebidas das áreas de monitoramento e fiscalização, além da Polícia Federal e a Receita Federal.

“O que fazemos não é um pré-julgamento, mas uma avaliação cautelosa: se há dúvidas legítimas, preferimos não conceder a autorização”, explicou Dudena.Além disso, o governo tem adotado medidas para combater as bets ilegais. Dudena destacou a importância de um esforço conjunto com instituições financeiras e o Banco Central para restringir as atividades dessas empresas, incluindo a possibilidade de bloquear transações financeiras destinadas a sites não autorizados.

No que diz respeito ao futuro do mercado, André Gelfi, diretor-presidente do Instituto Brasileiro do Jogo Responsável (IBJR), prevê uma consolidação significativa nos próximos cinco anos. Atualmente, com 67 empresas autorizadas e mais de 130 marcas operando, Gelfi estima que em cinco anos, número de casas de apostas deve cair pela metade.

“Na minha visão, o mercado brasileiro não comporta 66 operadores. Se você considerar que 50% do mercado está nas mãos de três ou quatro empresas, os outros 50% precisam ser divididos entre 55. Isso dá menos de 1% de participação de mercado para cada uma. Não tem como sustentar uma operação assim”, opinou.

Posição semelhante à demonstrada por Andreas Bardun, CEO da KTO, bet que faz parte do IBJR. “Acredito que qualquer empresa deve buscar ter pelo menos 10% de participação no mercado do Brasil a longo prazo, e nós pretendemos ser líderes de mercado", explica Bardun. "Para ser considerado uma das principais marcas, acho que é preciso ter pelo menos 10%”.

Fundada em 2019, a KTO se destaca por uma impressionante penetração online, com embaixadores e influencers ligados aos principais clubes brasileiros. Isto influenciou na decisão estratégica, tomada em 2024, de focar exclusivamente no Brasil, após a saída de mercados como Chile e Peru.

"Sabemos que provavelmente estamos longe disso no momento, mas, considerando o que fizemos no Brasil proporcionalmente, vindos de origens muito humildes, com investimentos muito pequenos na empresa, e conseguindo competir com os grandes, estamos muito confiantes de que podemos alcançar isso", afirmou Bardun.

A regulamentação das bets no Brasil visa não apenas organizar o setor, mas também proteger os consumidores e garantir a integridade das operações e dos esportes. Com a entrada em vigor das novas regras, espera-se uma maior transparência e segurança para os apostadores, além de uma contribuição significativa para a economia nacional por meio da arrecadação de impostos e geração de empregos.




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Postado por Rafaela Melo, no dia 14/01/2025 - 17:21


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