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Comunidade


Chuvas colocam em xeque galeria pluvial construída na parte baixa de Lafaiete



Foto: Rafaela Melo


Moradora aponta para o asfalto afundando em diversos pontos da rua

 

As fortes chuvas que têm atingido Lafaiete vêm gerando transtornos e levantando discussões sobre a galeria de drenagem pluvial, inaugurada recentemente, nas ruas Marechal Floriano Peixoto e Dr. Moreira. A obra de grande porte, que durou meses, não é consenso entre moradores e comerciantes daquela região. Há quem acredite que o projeto, embora tenha mobilizado muitos esforços, não foi suficiente para resolver o drama dos alagamentos. Geraldo André Barbeiro, que trabalha na parte baixa da cidade, demonstrou sua insatisfação: “a obra trouxe muitos problemas. Apesar da promessa de uma grande galeria, o serviço foi mal executado; utilizaram materiais inadequados, como barro nas laterais das aduelas, e colocaram asfalto diretamente sobre ele, sem uma base sólida. Isso resultou no afundamento do asfalto em diversos pontos, com rachaduras e deformidades. Desde a liberação da rua, já foram necessárias quatro reformas, mas nenhuma resolveu o problema. O peso dos veículos continua causando danos, pois o solo não tem estabilidade ou resistência”, declarou.

Moradora da rua Marechal Floriano, Cleusa Maria acompanhou de perto a construção da galeria: “a obra trouxe muitos transtornos. Inicialmente, prometeram algo rápido e bem feito, mas isso não aconteceu. O asfalto está afundando em diversos pontos, há muitos buracos e constantes intervenções vêm ocorrendo, para remediar a situação. Além disso, o trânsito ficou extremamente confuso”, completou. Arlindo José Rodrigues Reis, barbeiro há 43 anos no mesmo ponto, compartilha a mesma opinião: “na parte de cima há uma galeria grande, mas aqui na parte baixa a situação é outra. Já estamos na quarta reforma, desde que liberaram a rua, mas o problema persiste. Acredito que não houve drenagem adequada. Em mais de quatro décadas, nunca enfrentei algo tão prejudicial, que começou com a obra. Desde então, 11 lojas fecharam no quarteirão. Eu mesmo perdi cerca de 80% da minha clientela. Era algo que deveria trazer melhorias, mas só trouxe prejuízos”, lamentou.

Outro comerciante, Sinésio Roberto Pereira, também se mostrou frustrado: “muitos lojistas fecharam as portas e a galeria não resolveu o problema. O asfalto está afundando em várias partes. Parece que serviços como canaletas e recapeamentos foram mal executados. A obra criou um ‘piscinão’, que resolve parcialmente a retenção de água, mas o problema maior persiste na área abaixo da rodoviária”, apontou. Mauro César Resende manteve seu comércio e percebeu mudanças positivas: “o empreendimento ajudou em algumas coisas. Antes, quando chovia, a água entrava nas casas. Havia dias em que eu precisava acordar às 3h da manhã, para tirar a água. Depois da obra, isso parou. O problema aqui é o solo; é uma área de brejo. Caminhões de 40 toneladas passam por aqui e afundam tudo. A Prefeitura deveria proibir o tráfego pesado”, sugeriu.

Um ofício foi enviado à prefeitura de Lafaiete, mas até o fechamento desta matéria não havíamos obtido resposta.




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Postado por Sônia da Conceição Santos, no dia 28/12/2024 - 16:35


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