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A inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desacelerou em novembro, registrando alta de 0,39%, abaixo dos 0,56% observados em outubro. Apesar da redução no ritmo de alta, os preços continuam subindo, com destaque para o impacto significativo da alimentação e das passagens aéreas. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O grupo "Alimentação e bebidas" teve o maior peso no índice de novembro, com alta de 1,55%, representando 0,33 ponto percentual do IPCA total. O principal responsável foi o aumento nos preços das carnes, que subiram 8,02%. Exemplos incluem a alcatra, com alta de 9,31%, e o contrafilé, que ficou 7,83% mais caro. Segundo André Almeida, gerente da pesquisa, o aumento se deve à menor oferta de animais para abate e ao volume elevado de exportações.
Outro destaque foi o grupo "Transportes", que registrou alta de 0,89% (0,13 p.p. do IPCA), puxado principalmente pelas passagens aéreas, que subiram 22,65% no mês. Este foi o item individual que mais aumentou, influenciado pela proximidade do fim de ano e pelos feriados do mês.
Por outro lado, os combustíveis apresentaram queda de 0,15%, com o etanol recuando 0,19% e a gasolina, 0,16%. A maior redução veio do grupo "Habitação", que registrou inflação negativa de -1,53%, puxada pela queda de 6,27% na energia elétrica residencial, graças à mudança da bandeira tarifária de vermelha para amarela.
No acumulado de 12 meses, a inflação oficial alcança 4,87%, acima da meta de 3% do governo, que tem tolerância de 1,5 ponto percentual (para mais ou para menos). O índice também representa o maior acumulado desde setembro de 2023. Entre janeiro e novembro, o IPCA acumulado é de 4,29%.
De acordo com Almeida, “se o IPCA de dezembro superar 0,20%, a inflação fechará o ano acima da meta”.
O comportamento do IPCA é fundamental para as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 11,25% ao ano. A última reunião do ano do Copom acontece nesta semana e será a última presidida por Roberto Campos Neto. Em 2025, Gabriel Galípolo assumirá a presidência do Banco Central.
O Boletim Focus, divulgado pelo BC, projeta que a inflação deve encerrar 2024 em 4,84%, enquanto a Selic pode subir para 12%, impactando a convergência da inflação para a meta de 3% no médio prazo.
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Postado por Nathália Coelho, no dia 14/12/2024 - 13:20