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O minimalismo digital e seus efeitos nas novas gerações

Para os mais velhos, há a impressão de que as gerações jovens passam o tempo todo na frente do celular; o que é verdade, mas não significa que os indivíduos não busquem maneiras de se desconectar.



Imagem de Emmanuel Ikwuegbu no Unsplash


 

Qual você acredita ser a geração mais “exausta” das telas? Isto é: dentre todas as idades de pessoas, quais são aquelas que mais desejam reduzir o tempo na frente de um computador ou smartphone? Se falou “os mais velhos”, está redondamente enganado! A geração Z é a que mais busca os escapes!

De acordo com dados de uma pesquisa, apenas 14% da geração Z se diz satisfeita com quanto tempo passa na frente das telas. Em comparação, 35% dos “boomers” acreditam que passam um bom tempo, o que é mais do que o dobro. Naturalmente, há razões que explicam a discrepância.

É certo que a geração Z passa mais tempo na frente das telas do que seus pais e avós, o que contribui para o cansaço e desejo por diminuir o uso. A partir dessa realidade, vale a pena explorarmos aquele que é um movimento recente, mas que atende a anseios tão contemporâneos: o minimalismo digital.

O que é o minimalismo digital?

Antes de apontarmos como o minimalismo digital pode ajudar as novas gerações a diminuir o uso das telas, é imprescindível explicar o que o conceito significa. O artigo da ExpressVPN citado antes afirma que se trata de um movimento que, como o seu nome sugere, busca diminuir as influências digitais.

O termo foi cunhado pelo autor Cal Newport em seu livro “Minimalismo Digital: Escolhendo uma Vida Focada em um Mundo Barulhento” e traduz em palavras os anseios das novas gerações; as quais, ao mesmo tempo em que são usuárias ávidas das redes, se veem sufocadas pelo que elas representam.

A pesquisa aponta que a busca pelos valores do minimalismo digital por parte da geração Z tem origens como passar mais tempo com família e amigos (para 36% dos entrevistados), melhoria da saúde mental (45%), aumento da produtividade (43%) e a redução de ansiedades (29%).

Como o minimalismo digital pode ajudar as novas gerações a diminuir o tempo de tela?

1. Participação em desafios de desintoxicação digital

“Desintoxicação digital” é um termo informal utilizado para se referir aos períodos em que ficamos completamente distantes de recursos tecnológicos e online. Não é incomum que grupos de amigos e famílias façam desafios de desintoxicação digital, a fim de ver quem fica mais tempo longe das telas.

Esse é inclusive o tema de um episódio da série de comédia “Modern Family”, onde a família Dunphy sente que precisa adotar o minimalismo digital e abandonar certos gadgets. Além de contribuir para menos tempo diante das telas, ainda há o benefício de estar envolvido em uma brincadeira coletiva.

2. Uso de aplicativos para rastrear ou limitar o tempo de tela

Pode parecer paradoxal, mas um dos princípios do minimalismo digital, segundo a pesquisa, é o uso de aplicativos para rastrear ou limitar o tempo de tela. Aqui não falamos de um uso constante, mas de utilizações pontuais para garantir que as metas de distanciamento das telas sejam alcançadas.

Atualmente, boa parte dos celulares e sistemas operacionais já contam com serviços dessa natureza nos próprios dispositivos. Os iPhones, por exemplo, possuem uma aba especial que não apenas diz quanto tempo ficamos diante das telas, como também compara esses dados com utilizações prévias.

3. Estabelecimento de espaços “livres” de tecnologias

Não é incomum que grupos de amigos proponham brincadeiras onde, durante o período em que estão juntos, ninguém mexerá nos celulares. Isso pode ser ampliado para além das brincadeiras e usado em casa, a partir de limitações geográficas e estabelecimento de espaços “livres” de dispositivos digitais.

Se você usa um smartphone ou computador para trabalhar remotamente, por exemplo, então pode limitar que o uso desses dispositivos fique restrito ao escritório ou à sala, eliminando sua presença no quarto ou na cozinha. Essa é outra das ideias presentes no minimalismo digital e que pode ser útil.

4. Definição de horários específicos para verificar as redes

Fechando a lista está outra sugestão do minimalismo digital segundo informado pelo artigo: a definição de horários específicos para checar os dispositivos eletrônicos. Vamos supor que trabalhe na frente das telas durante o horário comercial. Nesse período, o acesso é livre.

Quando acabar o expediente, por outro lado, o smartphone e o computador serão deixados de lado, voltando a ser consultados somente no dia seguinte, durante o horário comercial. Essa medida pode não ser acessível para quem precisa manter contato com familiares e amigos, mas é uma alternativa.

5 . Incentivo à prática de hobbies offline
Uma das estratégias mais eficazes do minimalismo digital é a substituição do tempo de tela por atividades que promovam o bem-estar e a criatividade. Hobbies como leitura, jardinagem, pintura ou até mesmo jogos de tabuleiro podem ajudar as novas gerações a desconectarem-se do mundo digital.

Essas atividades não só ocupam o tempo que seria gasto com dispositivos, mas também proporcionam momentos de relaxamento e desenvolvimento pessoal. Além disso, cultivam a interação social e familiar em ambientes livres de tecnologia, fortalecendo laços e criando memórias longe das telas.

Como exploramos no decorrer desse texto, a geração Z não tem medo de expressar suas insatisfações e está em busca de soluções. De maneira otimista, podemos esperar um futuro onde não passamos tanto tempo na frente das telas, permitindo um equilíbrio entre o que está online e o que está offline.

 




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Postado por Nathália Coelho, no dia 21/11/2024 - 13:20


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