Em duas décadas, Queluzianos caminharam por muitos lugares, reforçando laços de amizade e fazendo o bem
Uma conversa descontraída entre amigos deu início a um sonho, que se tornou realidade e, neste mês de novembro, completa 20 anos. Assim pode ser resumida a história dos “Andarilhos Queluzianos”, que comemoram bodas de porcelana e celebram a parceria. “Tudo começou no ‘Pelicano Chopp’, em BH, onde falávamos sobre amenidades e bateu a saudade de muitos conterrâneos lafaietenses. Daí surgiu a ideia de uma caminhada, na orla da Pampulha, e me incumbi de convidar amigos. A data histórica foi o dia 20 de novembro de 2004, com saída e chegada no famoso bar ‘O Redondo’, e o compromisso de cada um levar pelo menos dois litros de leite, para a filantropia”, relata Reuber Lana Antoniazzi, membro fundador dos Queluzianos.
Segundo ele, o grupo foi batizado em referência ao livro “O Andarilho das Estrelas,” de Jack London, em evidência na época: “a caminhada marcou o começo dessa história. Tudo correu às mil maravilhas. O destaque ficou por conta do Mário Caetano, que veio de Lafaiete e gostou da ideia do nome e do cunho filantrópico. Outros companheiros, como Sabiá, Pedro Rosa e José Luiz Lourinho também aprovaram. No ano seguinte, repetimos a corrida e já havia uma van lotada, de Lafaiete, trazendo outros amigos, sob as bênçãos de São Francisco de Assis”.
Assim, os andarilhos se mantêm em torno de objetivos simples: unir os amigos e caminhar. Pouco a pouco, o grupo ganha novos integrantes, sempre mediante o convite de um veterano. “A intenção é conhecer novos horizontes, o que só traz benefícios. Só quem está ali, pés no chão, barro e poeira, sabe o tanto que é bom e gratificante participar. A turma é eclética, o que é muito salutar. Contamos, ainda, com a notoriedade, obtida graças à imprensa, em especial, o Jornal Correio da Cidade, que sempre colaborou conosco”, frisa.
De 2004 até hoje, muitos foram os desafios, mas os Queluzianos permanecem unidos: “continuamos com o mesmo propósito, celebrando a amizade e buscando ajudar as comunidades carentes. Apesar das dificuldades, temos muitas coisas boas para recordar. Conhecer novos lugares em grupo é muito legal. A turma é tão coesa que, por duas vezes, dispôs-se a caminhar na orla do Rio de Janeiro, em Iriri, no Espírito Santo e na famosa estrada de Anchieta. Anualmente realizamos uma feijoada e o encontro das famílias”.
Reuber explicou que o congraçamento dos 20 anos, marcado para o dia 15 de novembro, contará com missa festiva e a presença das famílias, em grande estilo: “só temos a agradecer; fica aqui o registro de que, nessas duas décadas, nunca houve desavença no grupo. Se ocorre algum contratempo, na caminhada seguinte já é superado. Cabe destacar a composição da atual diretoria, que tem o Mário Caetano como diretor honorário, Edilson Rocha é o presidente, Toninho Ferreira responde pela tesouraria e Cante está no apoio logístico, coordenação alimentícia e supervisão geral”.
De olho no amanhã, mas com os pés no chão, os amigos são fiéis à filosofia que os uniu. “O futuro mora distante, mas nosso objetivo é caminhar até lá e, se Deus quiser (e Ele quer), pretendemos continuar realizando o melhor, para nós e para o próximo. A comunidade é parte do processo, sem ela, nada existe. Todos são sempre bem-vindos, uma vez que estejam alinhados aos propósitos do grupo”, finaliza.
O grupo foi batizado em referência ao livro “O Andarilho das Estrelas,” de Jack London
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Postado por Rafaela Melo, no dia 14/11/2024 - 14:20