Congonhas vivenciou uma grande jornada de aprendizado, partilha e relacionamento, entre quinta e sábado (24 a 26 de outubro). Com uma programação completa e multidisciplinar, o 6º FNEC recebeu especialistas da cidade e de todo Brasil, que compartilharam conhecimento e fizeram conexões com 1.065 mil visitantes. Ao todo, aconteceram 36 atividades durante os três dias. A partir do tema “Cooperação como motor do desenvolvimento”, o evento, realizado na Romaria, convidou o setor produtivo e a sociedade para participarem da implementação do Desenvolve Congonhas 2035. Criado após discussão com os diversos setores da sociedade, para orientar o processo de desenvolvimento sustentável do município, o plano estratégico necessita da união de todos para que se concretize e produza os resultados esperados durante e ao final dos próximos dez anos.
O 6º FNEC teve a realização da Prefeitura Municipal de Congonhas, gestão da ADESIAP MINAS e patrocínio das empresas CSN, Vale, Gerdau e J. Mendes. Apoiaram a iniciativa a ACISC (Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Congonhas), OuroNet, IFMG, Plan Soluções, Donato - Gestão Social e Desenvolvimento Sustentável, FDC (Fundação Dom Cabral), Sebrae e Invest Minas. Estes contribuíram para a criação de um espaço de inovação, diálogo e desenvolvimento. Os demais participantes tornaram o evento ainda mais especial.
A ampla programação ofereceu ao público palestras, oficinas, painéis, rodas de conversa, rodadas de negócios, apresentação de casos de sucesso, novidades do mundo da tecnologia e inovação, cozinha show e atrações culturais. No total, mais de 30 palestrantes abordaram temas essenciais para o futuro de Congonhas com foco no desenvolvimento e cooperação, em 62 horas de capacitação.
Desenvolve Congonhas – do berço do barroco para além das Montanhas
Durante a cerimônia de abertura, autoridades locais e estaduais assumiram o compromisso com o Plano Desenvolve Congonhas 2035 e motivaram o meio empresarial, o terceiro setor e a sociedade civil a tornarem-se coexecutores da iniciativa.
O Plano Desenvolve Congonhas 2035 é o mapa para garantir que Congonhas cresça com equilíbrio, inovação e um compromisso real com as próximas gerações. Para transformar Congonhas em uma cidade que oferte mais oportunidades, qualidade de vida e um futuro sustentável, o Plano está estruturado em cinco pilares:
● Desenvolvimento Econômico: fomentar e atrair novos negócios que respeitem o meio ambiente e tragam mais empregos, para que o município não dependa de uma única fonte de renda.
● Desenvolvimento Social: promover e garantir que todos tenham acesso a uma vida melhor, com inclusão e oportunidades para quem mais precisa.
● Cultura e Turismo: valorizar a história e nossas belezas únicas da cidade, com ações que fortaleçam o turismo local.
● Sustentabilidade: proteger o meio ambiente e adotar energias limpas com responsabilidade e inovação.
● Governança: garantir mais transparência, mais participação popular e uma gestão pública eficiente.
Geordene Silva, superintendente de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Congonhas, explica que “o Fórum convida a sociedade para que ela abrace um plano estratégico que esteja atento aos próximos dez anos, o Desenvolve Congonhas. Precisamos transferir bons projetos para futuros governos, as lideranças precisam entender e priorizar as reais necessidades da cidade neste e no momento seguinte. É preciso definir o que faremos para aqueles que estarão aqui daqui a 50 anos”.
O gestor público e empreendedor enumera objetivos estratégicos do Plano: - Educação de referência; saúde de qualidade; uma prefeitura inteligente e tecnológica, que ouça o cidadão e se comunique com ele; a criação de um distrito sustentável que traga empresas para outro tipo de mão de obra, preparada por uma política de educação para o trabalho, que culmine em um centro de formação profissional; uma Congonhas que respeite os limites ambientais, entre outros. Uma das metas do Desenvolve Congonhas é que o congonhense e o visitante possam nadar no rio Maranhão daqui a dez anos – entre outros.
Maria Cláudia, analista de Negócios da Fundação Dom Cabral (FDC), representou a instituição na parceria com o Município, sendo a coordenadora executiva do projeto de elaboração do Plano Desenvolve Congonhas 2035, no 6º FNEC. Ela participou da cerimônia de abertura do evento, quando o documento foi entregue aos componentes da mesa.
Casos de sucesso de outros municípios
A palestra “Cidade Criativa, Cidade Feliz”, ministrada pelo professor Wander Wilson Chaves, prefeito de Santa Rita do Sapucaí, apresentou uma abordagem inovadora sobre como a cultura e a tecnologia podem transformar nossas cidades em lugares mais prósperos e felizes. A atividade movimentou muita gente em busca de soluções criativas para o desenvolvimento de Congonhas.
“É muito necessário que a cidade tenha um ecossistema, um ambiente para conectar culturas com tecnologia para gerar inovação. Este é o conceito de cidade criativa que nós aplicamos em Santa Rita do Sapucaí. O de Cidade Feliz tem o sentido de adotarmos um caminho para que todas as ações levem ao cidadão autoconfiança, autoestima, liberdade para criação, momentos de auto reflexão, um espírito de amizade e, sobretudo, que a certeza de é necessário que este ecossistema tenha um ambiente amoroso para que haja comunicação entre todos os participantes”, resume o prefeito Wander Wilson.
Já a palestra “Niterói que Queremos – Da Ideia à Realidade” demonstrou como aquela cidade fluminense transformou grandes ideias em uma realidade, superando desafios e implementando estratégias que a tornaram um exemplo de inovação e resiliência no Brasil. A atividade foi conduzida por Ana Carolina Ferreira dos Santos, formada em Gestão Pública para o Desenvolvimento Econômico e Social, com mais de 10 anos de experiência em orçamento, gestão de projetos e planejamento municipal e atualmente atuando na Rede Vetor Brasil, além de ter trabalhado em importantes projetos de governo digital.
Startups e outros negócios bem-sucedidos em Congonhas
As startups resolvem o problema de limitação de territórios, que é o caso de Congonhas. O município possui cerca de 50% de sua área já ocupada. Outra vantagem que elas proporcionam é que podem, juntamente com uma indústria de grande porte, manter o orçamento público em patamares parecidos com o atual. Atualmente a mineração é responsável por 85% da arrecadação do município.
“Se Congonhas conseguir avançar nesta área de serviços, afetaremos positivamente de forma direta a arrecadação. Por isso é importante que mais startups apareçam. Paralelamente, é necessário o surgimento de uma nova indústria, seja de tratamento de resíduos, seja de transição energética. É preciso que Congonhas desenvolva uma mineração sustentável”, avalia Geordane Silva.
O 6º FNEC apresentou com orgulho casos de sucesso de Congonhas:
O Be Truck surgiu como uma startup, que uniu conhecimento em logística e inovação no transporte de cargas.
“O Be Truck nasceu da ideia de que mais produtividade gera menos custos e mais satisfação para toda a cadeia envolvida no transporte. Para isso, juntamos um time de especialistas em logística, desenvolvedores e engenheiros de software, com vasta experiência na indústria da mineração: por aqui, nosso time de profissionais trabalha incansavelmente para levar soluções robustas aplicadas ao transporte da sua carga. Tudo de forma simples, segura e muito mais otimizada.”, relata a apresentação do site da empresa congonhense.
A Nano Food nasceu no IFMG/ Campus Alto Paraopeba, que fica entre Congonhas e Ouro Branco. A startup desenvolve embalagens inovadoras para preservação de frutos com apoio da FUNDEPAR e Sebrae, líder do grupo de pesquisa Nanotec, focada em nanotecnologia aplicada a embalagens, produtos lácteos e tratamento de resíduos.
Outro exemplo é a empresa Dinâmica, especialista em alojamentos para empresas, de propriedade do casal congonhense Adriana Bartolomeu e Marcelo Kará. “Este atendimento feito pela Dinâmica surgiu de uma lacuna deixada por empresas que prestavam mau serviço nesta área. Um gerente de uma delas sugeriu que assumíssemos este papel e nos passou 800 alojados. Conseguimos um sócio com experiência na área. Atualmente temos cerca de 400 alojados em Congonhas. O percentual de mulheres [35 camareiras] entre nossos colaboradores é de 95%. O alojamento tem troca de roupa de cama toda semana, internet, TV por assinatura, entre outros itens, para alojar bem o trabalhador. Temos alojamentos também em Itabirito, Nova Lima e recebemos o convite para atuarmos também em Corumbá-MS”, conta Marcelo Kará.
O congonhense lojista e criador do software de gestão para varejo de moda Criar Varejo, Alisson Matosinhos, levou aos participantes do 6º FNEC inspiração e motivação. Também aproveitou para contar um pouco da história de sua invenção.
“Meu pai abriu abriu a primeira loja em abril de 1992. Desde os meus 14 anos que teve um Natal, Réveillon, Dia dos Pais, Dia das Mães que eu não passasse na loja ajudando a fazer o negócio girar. Em 2009, apareceu a oportunidade, a Hering criou um projeto de loja para cidades menores de 100 mil habitantes e ofereceu a meu pai a possibilidade de abrir uma. Eu e meu irmão assumimos o negócio. Em 30 dias, transformamos uma oficina, do lado da Prefeitura, em uma loja de roupa, que já existe há 16 anos. Como sou formado na área de T.I., foquei em um software que havia criado e o especializei para atender a loja. Um ano depois de iniciada a operação, em dezembro de 2010, a Hering me propôs uma parceria, que foi firmada em março de 2011 para atender Minas Gerais. Em 2012, passamos a atender Rio de Janeiro e Espírito Santo, 2013 Norte e Nordeste, 2014 Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, 2015 Centro-Oeste, Estado e cidade de São Paulo em 2016. De lá para cá, focamos em atender o varejo de moda, que é vestuário, calçado, cama, mesa, banho e acessórios. Temos parceria com as quatro marcas da Hering, além de Marissol Infantil, Lupo e Trifio. Temos cliente ativo em 25 estados brasileiros e no Distrito Federal. No total, implantamos o software em mais de 1.700 lojas no Brasil”, conta Alisson Matosinhos.
Ele encerra sua fala afirmando a função de um evento como o FNEC para encurtar caminhos. “Não crescemos sozinho, as parcerias feitas graças ao network ajudam o negócio a evoluir. Um evento como este, que permite conexões entre pessoas e compartilhamento de informações, ajuda demais”.
Edinho, da Dular Móveis, proprietário da Dular Móveis, também ofereceu seu exemplo como empreendedor durante o evento realizado na Romaria. “É importante trazermos a experiência nossa para o FNEC, que sirva de exemplo para outros empresários.Trabalhei na extinta Mobiliadora Novo Lar por 11 anos, passando por todas as áreas da empresa. Ela encerrou suas atividades em 20 de agosto de 1997 e, em 27 de setembro do mesmo ano, eu abri a minha primeira loja ali mesmo na rua Monteiro de Castro, do lado de onde é a Dular hoje. No início foi muito difícil, porque tinha experiência, mas não o capital de giro. Pouco depois, inauguramos filial em Ouro Branco. Hoje estamos com seis lojas: duas em Congonhas, uma em Ouro Branco e três em Conselheiro Lafaiete”.
Em seu site, o Bendito Licor, criado por Gabi Palmieri, apresenta-se da seguinte forma: “O Bendito Licor nasceu em meio a turbulência da pandemia em uma pequena fábrica de doces em Congonhas, interior de Minas Gerais. Seu nome Bendito não é à toa, ele significa a bênção que acreditamos ter recebido na criação da sua receita. De um erro na produção do doce de leite e o medo de perder toda a matéria prima pedimos a nosso protetor São Bento uma luz e assim veio a ideia de misturar dois ingredientes que tínhamos naquele momento. Doce de leite e cachaça! E não é que o sabor nos surpreendeu? De lá pra cá foi muito estudo e trabalho até chegarmos na forma e sabor que o Bendito tem hoje. E não vamos parar por aqui… A cada dia mais estamos em busca de aprimorar o nosso principal produto e dele trazer muitas outras novidades para vocês! Somos apaixonados pelo que fazemos, venha se apaixonar com a gente!”. A bebida já ganhou o mercado nacional e até internacional.
Cachaça Liberdade
O mesmo já ocorreu com a premiada Cachaça Liberdade, feita no Esmeril pelo empresário Antônio Odaque da Silva, que também esteve presente no FNEC 2023.
“O Fórum serve para isso, para que vejamos estas coisas e nos motivemos para sair da curva e nos destacarmos também”, comenta Geordane Silva, superintendente de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Congonhas.
Conhecimento e relacionamento
O 6º FNEC permitiu a empresários e empreendedores, a consumidores, a representantes do poder público local e estadual como do meio acadêmico a trocarem conhecimento, realizarem conexões, apresentarem e conhecerem mais sobre o cenário econômico local, que está conectado com o mundial.
O superintendente de Desenvolvimento Econômico mediou a rodada de negócios: Soluções para operações mais eficientes.
A ACISC (Associação Comercial Industrial e de Serviços de Congonhas) promoveu a roda de conversa “Happy Hour dos empreendedores”.
O assessor da Invest Minas (a Agência de Atração de Investimentos do Estado de Minas Gerais )/Regional Zona da Mata, Igor Burkowski, conduziu o Painel de Investimentos: Oportunidades e Desafios com apresentação das empresas: CSN, Vale, Gerdau, Grupo Avante, J.Mendes e LGA. Elas demonstram como seus projetos irão impactar diretamente nossa economia e qualidade de vida.
A CSN promete gerar 4000 mil empregos durante a realização de obras e outros 1200 diretos após a conclusão delas. Segundo informa em seu site, “a CSN Mineração dá um salto gigante rumo ao futuro! Com um investimento de mais de R$ 15 bilhões para a expansão da Companhia, um dos destaques é a construção da inovadora Planta de Itabiritos P15, que permitirá o beneficiamento do minério já extraído e estocado, além do reaproveitamento de rejeitos. A CSN reafirma seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e com a região”.
A Gerdau realiza um investimento de R$ 3,2 bilhões entre 2023 e 2026 em uma nova plataforma de mineração sustentável em Minas Gerais. De acordo com a empresa, “o investimento, que compreende equipamentos e processos com as tecnologias mais modernas disponíveis, seguirá, segundo a empresa, as melhores práticas de mineração e contará com o método de empilhamento a seco para disposição de 100% dos rejeitos de mineração, eliminando a necessidade do uso de barragem. O uso do mineroduto para o transporte do minério de ferro também reforça o compromisso com uma mineração sustentável”. A previsão é de que 50% do mineroduto fique pronto em dezembro deste ano e seja concluído no final de 2025.
Segundo a Gerdau, são gerados mais de 5 mil empregos durante a implementação dos investimentos no estado.
A palestrante Regina Helena Alves, do Vale dos Inconfidentes (Valin) – ecossistema Inovação, Economia Criativa e Cultural Digital da vizinha e igualmente região histórica de Minas Gerais, mediou o Congonhas Start – Painel: Desenvolvimento Gameficação e Turismo.
Maria Cristina Aires, coordenadora de Cultura da Fundação Renova, conduziu o Painel ESP: Empreender e Transformar - responsabilidade social, ambiental e corporativa.
Patrícia Nonato e Fernando Santos, do Vale dos Inconfidentes (Valin), ministraram o Congonhas Start - PAINEL: Desenvolvimento Econômico, Política e Videogames.
Rede Elas
Outro destaque foi o Painel Empreendimento Feminino – Rede Elas, de Congonhas, mediado pela empreendedora Gabi Palmieri, uma das fundadoras do movimento e integrante também do ACISC Mulher.
Ela lembra que a Rede Elas, criada há quase 3 anos, nasceu da vontade e necessidade de haver um amparo para as mulheres de Congonhas. “Antes não havia nada voltado especificamente para mulheres. Após um curso de capacitação financeira do Sebrae no QG da Inovação, vimos que precisávamos nos unir em torno de algo, que acabou sendo a rede. Em um dia, havia mais de cem pessoas no grupo de Whatsapp que havíamos acabado de criar”.
A Rede Elas não só oferece conhecimento e apoio a quem quer empreender ou já tem seu negócio. Também abre espaço para a exposição e venda dos produtos e serviços. É o que ocorrerá durante a campanha de Natal da ACISC, por meio da ACISC Mulher, quando será realizada uma feira no Centro da cidade.
“Tem muita gente boa precisando de um empurrãozinho para crescer. Há um grande número de mulheres empreendedoras, muitas vezes elas têm somente aquilo para se apegarem. Há diversas mães solo na Rede Elas, que empreendem para levar o pão de cada dia para dentro de casa”, testemunha.
Cada vez mais, as mulheres têm assumido o protagonismo no empreendedorismo. A maioria dos CNPJ’s de Congonhas e do Brasil é aberta por elas. “É muito bacana hoje ver a mulher ocupando espaço no mercado de trabalho”, finaliza a empreendedora.
Palestras e cursos
Entre tantas outras atividades, o 6º FNEC ainda ofereceu ao público palestras, cursos, uma Cozinha Show, o Encontro de Empretecos e a Carreta LIC.
O ambientalista e associado do IHGC (Instituto Histórico e Geográfico de Congonhas) e ACLAC (Academia de Ciências, Letras e Artes de Congonhas), Sandoval Filho, contou a história e os desafios da gestão das águas em Congonhas ao longo dos séculos, até os dias atuais durante a Palestra “Águas de Congonhas - Espiral de 1700 a 2024”. Sandoval compartilhou com o público sua experiência em pesquisas ambientais e sua atuação em casos importantes sobre a preservação dos recursos hídricos da região.
Sandoval de Souza Pinto Filho atua desde 2007 em pesquisas ambientais, colaborando com grupos como o “Que Lama é Essa?”, GESTA / UFMG / Fórum Permanente São Francisco e outros, realizando análises científicas que têm contribuído para processos judiciais e administrativos relacionados a questões ambientais em Congonhas e outras localidades.
Rogério Moreira, especialista em Direito da Economia e da Empresa e em Direito Ambiental e Minerário, consultor jurídico da AMIG, apresentou o tema “Diversificar para Crescer: Caminhos para a Sustentabilidade Econômica em Regiões Mineradoras” em sua palestra.
O gestor cultural e diretor artístico, Antônio Caeiro, ministrou a oficina “Territórios Criativos e Desenvolvimento Local”.
A instrutora especialista em relacionamento com comunidades, projetos sociais e terceiro setor, Jennifer Santos, ministrou a oficina “Como Elaborar Projetos de Impacto”.
O Vale dos Inconfidentes (Valin) ministrou o Congonhas Start – Oficinas e Jogos.
A chef Marcelle Cordeiro ensinou como preparar mini almôndegas ao molho rústico com polenta e pesto brasileiro e também o bolo de banana com doce de leite e farofinha crocante de manteiga, na Cozinha Show, montada na praça de alimentação.
Carreta LIC do IFMG
A Carreta LIC do IFMG esteve estacionada na Romaria para oferecer aos participantes do FNEC o curso "Introdução à Impressão 3D" e mostrar na prática como funciona essa tecnologia inovadora. O Laboratório de Inovação Colaborativo do IFMG é uma unidade itinerante e um espaço de produção e difusão de conhecimentos relacionados à gráfica e modelagem virtual, à prototipagem e ao empreendedorismo colaborativo.
O Sebrae promoveu o Encontro de EMPRETECOS, que foi conduzido pelo consultor Alexandre Castro. Empretec é o principal programa de formação de empreendedores do mundo, um seminário intensivo criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), promovido em 40 países e exclusivo do Sebrae no Brasil.
Expositores
Ao longo dos três dias, o FNEC propiciou visibilidade para diversos empreendedores e empresários de Congonhas. No encerramento, a atriz, apresentadora, diretora, roteirista e palestrante, Danni Suzuki, que fechou a programação voltada para capacitar e qualificar os participantes com a palestra “O futuro é humano”, visitou alguns dos 29 estandes. Ela provou a deliciosa comida de Congonhas e degustou bebidas famosas. Além disso, experimentou os óculos de realidade aumentada, mergulhando na exposição Aleijadinho Virtual. Uma combinação perfeita de cultura, sabor e tecnologia!
No estande Cores e Sabores, que levou para o FNEC um pouco da feira que é uma ferramenta para dinamizar a atividade produtiva ligada à economia solidária e criativa, potencializando o negócio de pequenos e médios produtores, Danni Suzuki experimentou o bolo de banana diet. “Fofinho, maravilhoso!”, disse.
No estande da Lu Colpani Artesanal que utiliza frutas dos sítios e faz geleias de manga com maracujá, mamão com pimenta Jamaica, entre outras, a atriz disparou: “Minhas Gerais é terrível! (risos) A gente tem de vir com a mala vazia, tem de vir com a barriga vazia, porque a gente come demais, é muito bom, né?”.
Ao passar pela exposição da Cachaça Liberdade, bebida criada em 2003 no Esmeril e premiada no Festival de Cachaça da Serraria Souza Pinto, de Belo Horizonte, lamentou: “Não posso beber, porque ainda vou ministrar a minha palestra, mas estou levando uma garrafa para a minha amiga Sandra de Sá, que gosta de uma cachacinha”.
Depois de muita insistência, no estande do Bendito Licor, ela não teve como passar batida e tomou uma dose mínima: “Eita, que gostoso, hein?! Essa dá vontade de tomar a garrafa toda. Muito bom, é de doce de leite mesmo, né?”
Na Exposição do Aleijadinho Virtual, comentou: “Passei na Igreja do Aleijadinho [Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos], fiquei encantada, mesmo vendo só de fora, porque já estava fechada. Tava tocando o sino. No estande, tive uma experiência sensacional, a sensação é de estar diante dele mesmo [Antônio Francisco Lisboa]”.
Para fechar, Danni Suzuki se declarou: “Congonhas eu levo na sacola e no coração. Porque esse tipo de sensação produzido pela arte, a culinária e o calor humano a gente leva na memória do coração e da alma, né?”
Mais atrações
Na praça de alimentação, o visitante contou com diversas opções, como pastel, hamburger, doce, chopp, pipoca, chup-chup, iguarias da Cozinha Show, além do espaço kids e o Palco Viva, onde se apresentaram Gorducho, Rota Retrô, Adriano Rock, Ramon e Banda.
O Fórum segundo gestores do município, do estado e do evento
Representante do governador Romeu Zema no 6º Fórum de Negócios de Congonhas (FNEC), o secretário executivo do Estado de Desenvolvimento Econômico, Bruno Araújo, destacou a importância da participação da sociedade para o desenvolvimento e crescimento das cidades. Ele apontou o papel crucial que cada cidadão possui neste importante plano.
“Não adianta município, estado, seja quem for fazer alguma coisa se a sociedade não abraçar a causa. Então as pessoas precisam conhecer o que está sendo proposto e o que será construído. Fóruns como este possibilitam justamente que as pessoas contribuam com ideias, discutam e entendam que precisam participar efetivamente da execução”, afirma.
O assessor da Invest Minas/Regional Zona da Mata, Igor Burkowski, afirmou que o Desenvolve Congonhas pode ser um marco para a história da cidade. “Este documento talvez seja a verdadeira carta de independência de Congonhas: a financeira, porque a riqueza está na diversidade econômica que pode vir da mineração, do turismo, do agro, da tecnologia. Nos próximos dez anos, o município vai buscar por isso e pode contar com a Invest Minas e o Governo de Minas para chegar a este objetivo”.
Burkowski reconhece a força atual da atividade minerária em Congonhas e região, mas lembrou que todas as cidades que focaram em um único fator produtivo encontraram problemas. Ele citou os casos de Detroit (EUA) com o enfraquecimento da indústria automobilística; Nova Iorque com problemas encontrados pelo setor têxtil, sem o qual a ainda capital financeira do mundo teve de se reinventar; e Juiz de Fora, cidade natal dele, que está procurando seu caminho [após sofrer processo de desindustrialização, mas ver o setor da educação e o de prestação de outros serviços, como também o do comércio se expandirem].
Para o prefeito de Congonhas, Cláudio Antônio de Souza (Dinho), o Fórum, ao abordar a temática do desenvolvimento sustentável, apresentando o Plano Desenvolve Congonhas, volta os olhos para as transformações frequentes por que a cidade passa e também para o futuro. “As pessoas que vieram à Romaria foram provocadas a transformar as suas vidas. Diretrizes estabelecidas por este evento passam por eixos do desenvolvimento sustentável, o que tem a ver com o compromisso social, com a governança, com a participação da sociedade, com a economia colaborativa, que é a principal tônica que os organizadores do Fórum apresentaram. Ou seja, o eixo que permeia todo o desenvolvimento de um empreendimento, de uma startup é fazer com que o trabalho de um implique na melhoria do outro, então todos ganham. Esta é a principal mensagem deste Fórum”, aponta.
O prefeito lembrou ainda que o Plano Diretor, que também considera o desenvolvimento sustentável, a governança, a mobilidade e uma série de fatores que foram discutidos durante o ano, terá sua revisão concluída até dezembro deste ano. “Esta discussão em torno do Desenvolve Congonhas, que coincide com a conclusão dos trabalhos de revisão do Plano Diretor, demonstrou pra onde a cidade deseja ir e para onde ela precisa ir, com projetos e com metas que necessitam ser alcançadas até 2035”.
Denis Donato, diretor executivo da Adesiap Minas, destacou o papel fundamental da colaboração entre o município de Congonhas e a ADESIAP MINAS. “Essa parceria tem sido essencial para promover o desenvolvimento sustentável e novas oportunidades para a região. Juntos, estamos transformando o futuro de Congonhas”.
Segundo ele, a entidade do terceiro setor, ao cumprir suas finalidades estatutárias, sente-se honrada em ser responsável pela gestão do FNEC pela terceira vez, em 21 anos de trabalhos prestados em favor do desenvolvimento sustentável das regiões do Alto Paraopeba, Inconfidentes e agora de todo o estado.
Sobre a sexta edição do FNEC, Denis Donato avaliou: “Este ano, foi muito bem colocado o tema “A cooperação como motor para o desenvolvimento local. O evento é muito importante para uma cidade como Congonhas. Apesar da potência que é a mineração e a importância de fortalecermos este seguimento, é essencial que consigamos explorar, juntos, o patrimônio histórico, cultural, artístico, gastronômico e natural que há na cidade, por meio do turismo e da economia criativa. Parabenizamos ao poder público por realizar mais uma edição e a todos os patrocinadores e apoiadores do evento, que permitem essa discussão tão necessária sobre a diversificação econômica, a fim de garantirmos para a população o tão sonhado desenvolvimento local”.
Texto: REVERBERAAA COMUNICAÇÃO!!!
Link com fotos do 6º FNEC: https://drive.google.com/drive/folders/1udb26K4Aoj9w2zLKXf1UP4hC5hstqRAj?usp=sharing
ASSESSORIA DE IMPRENSA (REVERBERAAA COMUNICAÇÃO!!!):
Márcio Elias Gomes Martins – Cel./Zap (31) 9 8748-4944.
Alisson Ferreira Freire – Cel./Zap (31) 9 9848-5663.
Você está lendo o maior jornal do Alto Paraopeba e um dos maiores do interior de Minas!
Leia e Assine: (31)3763-5987 | (31)98272-3383
Postado por Nathália Coelho, no dia 30/10/2024 - 10:20