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Comunidade


Celular ganha espaço entre crianças e ameaça indústria de brinquedos



Crédito: Fernando Fraz]ao/Agência Brasil

 

O crescente interesse das crianças pelos celulares está afetando não apenas as famílias, mas também a indústria de brinquedos. Com a preferência dos pequenos cada vez mais voltada para o mundo digital, as vendas de brinquedos estão estagnadas, atingindo um faturamento de R$ 9,7 bilhões nos últimos três anos, conforme aponta a Associação Brasileira da Indústria de Brinquedos (Abrinq).

A juíza Ana Sylvia Lorenzi Pereira, mãe de duas meninas, enfrenta esse dilema. Sua filha mais velha, Isadora, de 7 anos, pediu um celular, mas recebeu um “não”. Já Catarina, de 2 anos, é autorizada a usar o celular em momentos específicos, como em restaurantes, para entretenimento. “O celular é inevitável em certos momentos, mas tento controlar o conteúdo", diz Ana Sylvia.

A Abrinq está ciente dessa mudança no comportamento infantil e lançou campanhas para alertar os pais sobre a importância de promover memórias das brincadeiras tradicionais, longe das telas. Para o setor, o Dia das Crianças é a principal data de vendas, representando 35% do faturamento anual, seguido pelo Natal (30%).

O setor de brinquedos também enfrenta concorrência com a proliferação de brinquedos importados e a queda da taxa de natalidade. Apesar disso, há potencial de crescimento. No Brasil, o consumo de brinquedos per capita é de 11 por ano, enquanto em países como a Inglaterra chega a 38.

A pesquisa realizada pela Kids Corp. mostra que 34% das crianças e adolescentes entre 6 e 18 anos preferem um celular como presente neste Dia das Crianças, enquanto a opção por brinquedos tradicionais, como carrinhos e bonecas, é mais comum entre crianças de 3 a 5 anos.

Especialistas como Karine Karam, da ESPM, destacam que o problema não é dar um celular às crianças, mas gerenciar o tempo de uso e o conteúdo consumido. Além dos riscos de exposição a conteúdos inadequados, o excesso de tempo em frente às telas pode impactar o desenvolvimento emocional e social das crianças, promovendo comparações irreais e levando à ansiedade e depressão.

fonte: Diário do Comércio




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Postado por Nathália Coelho, no dia 12/10/2024 - 13:20


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