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Política


Decisão sobre horário de verão será após eleições, em meio a crise energética



foto: Globonews


 

A crise hídrica no Brasil atingiu um novo patamar de gravidade, levando a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) a declarar situação crítica no rio Xingu, um dos principais afluentes da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Com a vazão do rio comprometida, a possibilidade de paralisação total da usina é real, o que obrigaria o governo a acionar mais termelétricas, uma fonte de energia notoriamente mais cara e poluente.

O cenário de incertezas energéticas tem gerado debates internos no governo federal, que teme o impacto dessa crise nos preços e na inflação, especialmente com a recente determinação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de aplicar a bandeira vermelha de patamar dois nas contas de luz de outubro, o que representa um aumento significativo no custo da energia para os consumidores. A preocupação não é apenas com a escassez, mas também com o peso que essa crise terá no bolso das famílias brasileiras.

Nesse contexto, a volta do horário de verão, prática abandonada em 2019, ganhou força nas discussões do governo. Segundo fontes ouvidas pelo blog, a decisão final sobre o retorno do sistema será tomada apenas após o primeiro turno das eleições municipais, por volta de 10 de outubro. Há uma tendência favorável para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) restabeleça o horário de verão como forma de mitigar os impactos da crise energética. No entanto, a implementação da medida, caso aprovada, só ocorreria após o segundo turno das eleições, conforme alertou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em comunicação à presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia.

A ministra, por sua vez, advertiu o governo quanto aos riscos de uma mudança de horário durante o processo eleitoral, o que poderia afetar o fluxo das votações. Essa preocupação se soma a outros fatores políticos e econômicos que ainda dificultam um consenso total dentro do governo sobre o retorno do horário de verão.

Entre os principais defensores da medida, destacam-se assessores presidenciais que veem na economia de cerca de R$ 400 milhões com energia elétrica uma justificativa sólida para a retomada do horário especial. Ainda assim, esses mesmos assessores sugerem que o governo considere outras alternativas antes de adotar uma decisão definitiva.

Apesar da incerteza, uma coisa é certa: a crise hídrica e o agravamento dos custos de energia colocam o governo sob pressão, e decisões urgentes serão necessárias para garantir que, mesmo com preços mais altos, não haja risco de falta de energia no final deste ano.

fonte: G1




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Postado por Nathália Coelho, no dia 02/10/2024 - 07:20


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