Vale/divulgação
A mineradora Vale informou nessa sexta-feira (13 de setembro) a descoberta de “trincas superficiais” na barragem Forquilha III, localizada na mina de Fábrica, em Ouro Preto, na região Central de Minas Gerais. A estrutura, que está no nível 3 de emergência desde 2019 — o grau mais alto de alerta segundo a Agência Nacional de Mineração (ANM) — segue em processo de descaracterização. Esse nível indica um “risco iminente de rompimento”.
Apesar das trincas, a Vale assegura que as condições de estabilidade da barragem não foram alteradas e que ela é monitorada permanentemente. A empresa destacou que a Zona de Autossalvamento (ZAS) da barragem já foi evacuada desde 2019, sem a presença de comunidades na área de risco.
As fissuras foram encontradas durante uma inspeção de rotina, e a Vale afirma ter comunicado os órgãos públicos competentes, iniciando um plano de ação para investigar e corrigir a situação conforme necessário. “A barragem conta com uma Estrutura de Contenção a Jusante e a respectiva ZAS evacuada”, reforçou a mineradora.
Histórico de riscos e ações preventivas
Essa não é a primeira vez que a barragem Forquilha III apresenta problemas. Em abril deste ano, foi identificada uma anomalia em um dos 131 dispositivos de drenagem da estrutura, o que também gerou preocupação. Na época, a Vale garantiu que a estabilidade da barragem não havia sido comprometida e continuou o monitoramento diário da estrutura.
A barragem Forquilha III está sob risco máximo de rompimento desde 2019, o que levou à evacuação preventiva da área que seria imediatamente atingida. Desde então, diversas medidas de segurança têm sido implementadas pela Vale para prevenir um possível rompimento.
Descaracterização em andamento
O processo de descaracterização da barragem, que envolve a remoção dos rejeitos de mineração e a revegetação da área, está em andamento e tem previsão de ser concluído até 2035. Caso ocorra um rompimento, as Bacias dos rios das Velhas e Paraopeba podem ser impactadas, o que traria consequências ambientais graves para a região.
A Agência Nacional de Mineração (ANM) foi contatada para se manifestar sobre a atual situação da barragem, mas até o momento não houve retorno.
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Postado por Nathália Coelho, no dia 16/09/2024 - 07:20