foto: freepik
Com o lema "Se precisar, peça ajuda!", a campanha Setembro Amarelo de 2024 já está em pleno andamento, levando conscientização e esperança a todas as regiões do Brasil. Lançada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), a iniciativa se firma, mais uma vez, como um dos maiores movimentos globais na luta contra o suicídio, uma das principais causas de morte evitáveis no mundo.
A campanha, que teve início em 2014, tornou-se um marco no calendário nacional, sendo introduzida por Antônio Geraldo da Silva, atual presidente da ABP. Ao longo dos anos, o Setembro Amarelo evoluiu para ser a maior campanha antiestigma do mundo, buscando combater o preconceito em torno da saúde mental e salvar vidas por meio da informação.
Embora o ponto alto das atividades aconteça em 10 de setembro, Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, as ações educativas e de conscientização se estendem durante todo o ano. A meta é clara: encorajar o diálogo, promover a busca por ajuda e oferecer materiais que ajudem as pessoas a identificar sinais de alerta em si mesmas ou em pessoas próximas.
**O cenário mundial e brasileiro**
Dados recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) evidenciam a gravidade da situação: mais de 700 mil pessoas tiram a própria vida todos os anos, um número que pode ultrapassar 1 milhão, considerando as subnotificações. No Brasil, a realidade também é preocupante. O país registra cerca de 14 mil suicídios anuais, resultando em uma média de 38 mortes por dia.
O mais alarmante é que, enquanto o índice global de suicídio vem diminuindo, as Américas, incluindo o Brasil, seguem na contramão, com números que apontam para um aumento das taxas. Isso reforça a urgência de intensificar as ações de prevenção e ampliar o acesso a serviços de saúde mental de qualidade.
**Campanha 2024: A luta pelo diálogo e pela vida**
A edição de 2024 do Setembro Amarelo coloca ainda mais ênfase na necessidade de quebrar o silêncio em torno do suicídio. Para a ABP, falar abertamente sobre o tema é uma das formas mais eficazes de combater o tabu e reduzir o estigma. A mensagem central da campanha é clara: não há vergonha em pedir ajuda.
Ao longo deste ano, a campanha disponibilizará uma série de materiais educativos acessíveis a toda a sociedade, com o objetivo de ampliar a rede de apoio e oferecer informações que possam, de fato, salvar vidas. Seja por meio de cartilhas, palestras, campanhas nas redes sociais ou ações comunitárias, a ideia é que cada vez mais pessoas se sintam seguras para pedir ajuda e oferecer suporte.
Em 2024, o Setembro Amarelo reafirma seu compromisso com a vida. A campanha se fortalece ao engajar a sociedade em uma missão coletiva: salvar vidas e criar um mundo onde ninguém tenha que enfrentar a solidão de uma crise emocional sem apoio. Afinal, pedir ajuda pode ser o primeiro passo para um novo começo.
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Postado por Nathália Coelho, no dia 10/09/2024 - 07:20