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Lafaiete e região sofrem com clima de deserto e baixa umidade recorde



foto: arquivo jornal CORREIO


 

A tarde dessa terça-feira (3/9) foi marcada por uma queda acentuada nos níveis de umidade do ar em Belo Horizonte e em cidades do interior de Minas Gerais, como Conselheiro Lafaiete, Congonhas e Ouro Branco. Segundo a Defesa Civil municipal, a umidade relativa do ar atingiu o índice preocupante de 12%, valor comparável ao de desertos como o Saara, no Norte da África, e o Atacama, no Chile.

Nessa terça, mais uma vez, Conselheiro Lafaiete e as outras cidades da região amanheceram com o ar embaçado e opaco. A condição, que se assemelha a uma camada de fumaça, é causada pela Névoa Seca, fenômeno comum em períodos de temperaturas altas e baixa umidade, especialmente durante as tardes. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), essa névoa que encobre a capital e municípios vizinhos é uma combinação de fatores como acúmulo de poeira, baixa umidade relativa do ar e o transporte da fumaça de queimadas que atingem diversas áreas do estado.

De acordo com a meteorologista Anete Fernandes, esse fenômeno é frequente no inverno, mas sua intensidade tem se agravado devido à prolongada ausência de chuvas e ao aumento significativo do número de incêndios. A especialista alerta que a névoa seca deve persistir até que ocorra uma mudança climática expressiva, como a chegada de chuvas mais significativas, o que, até o momento, ainda não tem previsão de acontecer.

A baixa umidade, associada às altas temperaturas, aumenta os riscos à saúde da população, especialmente de idosos e crianças, mais vulneráveis a problemas respiratórios e desidratação. Em Conselheiro Lafaiete e nas cidades vizinhas, as temperaturas devem alcançar até 33ºC nos próximos dias, agravando ainda mais a sensação de desconforto térmico.

Este fenômeno é mais um reflexo das mudanças climáticas que têm provocado alterações bruscas no clima de várias regiões do Brasil. Especialistas reforçam que a adoção de práticas sustentáveis e a preservação de áreas verdes são essenciais para mitigar os efeitos dessas ondas de calor extremas.

fonte: Estado de Minas




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Postado por Nathália Coelho, no dia 04/09/2024 - 10:20


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