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Região


CSN Mineração iniciará expansão bilionária em Congonhas com foco em sustentabilidade e inovação



Crédito: Alexandre Rezende / Nitro / CSN


A CSN Mineração, subsidiária da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), anunciou um investimento significativo de R$ 15 bilhões em Minas Gerais, planejado para o período de 2024 a 2027. Esse aporte visa fortalecer a atuação da empresa no estado, com destaque para a construção de uma nova planta de beneficiamento de minério de ferro no complexo de Casa de Pedra, em Congonhas. Este projeto, que receberá R$ 8 bilhões do total investido, promete ser um marco na história da empresa e no desenvolvimento da região.

Já em andamento, a CSN Mineração investiu mais de R$ 2 bilhões no projeto, adquirindo todos os equipamentos necessários para a nova planta, que deve iniciar as obras em 45 dias. Durante a fase de construção, serão geradas 4 mil vagas de emprego temporário, e após sua conclusão, prevista para o último trimestre de 2027, a instalação empregará de forma permanente 1,5 mil colaboradores, aumentando o quadro de funcionários da empresa em Minas Gerais em cerca de 20%.

Batizada de Itabirito P15, a nova planta terá uma capacidade de produção de 16,5 milhões de toneladas anuais de pellet feed, um minério de alto teor e sustentável. Segundo Otto Alexandre Levy Reis, diretor de Investimentos da CSN Mineração, a produção dessa planta permitirá às siderúrgicas, incluindo as do grupo CSN, a fabricação de aço sem emissão de carbono, utilizando hidrogênio. Metade da produção será destinada à siderurgia japonesa, com quem a empresa já firmou um acordo, e outra parte atenderá ao mercado do Oriente Médio.

Um dos aspectos mais inovadores deste projeto é o reaproveitamento de minério de baixo teor, atualmente estocado, para produzir um material de altíssimo teor, com até 68% de pureza, superando até mesmo o renomado minério de Carajás. Essa tecnologia permitirá à CSN estender a vida útil da mina de Casa de Pedra por mais de 25 anos, garantindo a continuidade da mineração na região até além de 2080.

Além dos impactos diretos na produção e emprego, o novo empreendimento terá um efeito significativo na arrecadação local e estadual. A cidade de Congonhas verá um aumento de 70% na arrecadação de Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem), que, nos últimos 18 meses, já totalizou R$ 730 milhões pagos ao município. Esses recursos, juntamente com o aumento do ICMS gerado pelos equipamentos adquiridos para a nova planta, deverão ser revertidos em serviços públicos, beneficiando diretamente a população local.

Parte do investimento também será direcionada à compra de equipamentos e veículos mais eficientes, com menor impacto ambiental. A CSN Mineração planeja adquirir caminhões maiores e mais econômicos em termos de combustível, além de novas escavadeiras e perfuratrizes para operação na mina. Outro foco do investimento será a descaracterização de barragens. A empresa já iniciou esse processo, utilizando tecnologia avançada para reprocessar rejeitos e eliminar estruturas antigas, como a barragem do Vigia, que estará completamente descaracterizada após o monitoramento regulatório.

Esse conjunto de ações reflete o compromisso da CSN Mineração com a sustentabilidade e a responsabilidade socioambiental, garantindo que o desenvolvimento econômico esteja alinhado com práticas que respeitem o meio ambiente e as comunidades locais. "Estamos discutindo com o poder público as melhores formas de descaracterizar todas as barragens, mesmo aquelas que não têm obrigação legal de serem desmontadas. Nosso objetivo é garantir segurança e sustentabilidade a longo prazo", conclui Otto Alexandre Levy Reis.

fonte: Diário do Comércio 




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Postado por Nathália Coelho, no dia 31/08/2024 - 20:21


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