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Comunidade


Editorial: Qualidade de vida piora no Alto Paraopeba



Arquivo Jornal CORREIO

 

Como está a qualidade de vida na cidade onde vivemos? Na matéria publicada na página 9 desta edição, o Índice de Progresso Social (IPS) responde a essa questão. Desenvolvido por meio da metodologia do Social Progress Imperative, essa ferramenta baseia-se em dados públicos para determinar se as pessoas têm o necessário para prosperar — desde necessidades básicas, como moradia, alimentação e segurança, até acesso à informação e comunicação. O IPS também examina se todos são tratados de maneira igualitária, independentemente de gênero, raça ou orientação sexual.
Os dados revelam de forma precisa a realidade que vivenciamos diariamente. Com a 227ª maior população do país, Lafaiete ocupa apenas a 668ª posição no IPS geral, que avalia, de maneira abrangente, três grandes dimensões: Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos do Bem-Estar e Oportunidades. Nesse cenário, a cidade é suplantada por municípios menores da região, como Congonhas, Ouro Branco e São Brás do Suaçuí, além de outras 223 cidades Brasil afora. Embora se destaque em Fundamentos do Bem-Estar e Liberdades Individuais e de Escolha, Lafaiete encontra-se na 2.359ª posição em Oportunidades e na 5.504ª em Inclusão Social, considerando os 5.570 municípios brasileiros.
E é justamente no indicador Opor­tu­nidades que a luz vermelha se acende: nossa cidade é considerada relativamente fraca em impedir a violência contra mulheres. Também tem pecado gravemente em paridade de gênero na Câmara Municipal e violência — especialmente contra negros e mulheres. Cabe à sociedade e aos governantes, de forma especial, debruçarem-se sobre todas as informações que essa plataforma oferece gratuitamente e, conscientes das falhas, traçarem novas estratégias para proteger e incluir os cidadãos.
O IPS também evidencia que a maior cidade da região do Alto Paraopeba ainda tem muito a melhorar para atender adequadamente às Necessidades Humanas Básicas. O indicador de Nutrição e Cuidados Médicos Básicos revela deficiências na atenção primária. Essa constatação é reforçada por dados sobre Cobertura Vacinal (poliomielite), Hospitalizações por Condições Sensíveis à Atenção Primária, Mortalidade Ajustada por Condições Sensíveis à Atenção Primária, Mortalidade Infantil até 5 anos e Subnutrição, colocando a cidade na incômoda 3.722ª posição entre os 5.570 municípios brasileiros.
E aqui não falamos de frias estatísticas: esses dados representam a realidade das mais de 130 mil pessoas que vivem em nossa cidade e servem como um chamado à ação para todos nós. Investir em políticas públicas que melhorem a saúde, educação e segurança é fundamental para elevar a qualidade de vida em Lafaiete. Apenas um olhar atento à promoção da igualdade de oportunidades e à inclusão social pode garantir que todos os cidadãos, independentemente de sua origem ou condição, possam prosperar.




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Postado por Rafaela Melo, no dia 24/07/2024 - 09:52


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