Foto: Divulgação
Como parte de um itinerário cultural, os alunos visitaram as Cataratas do Niágara e participaram da premiação dos trabalhos
Entre os dias 9 e 23 de junho, professores e alunos da escola estadual Geraldo Bittencourt, localizada no bairro Sagrado Coração de Jesus, estiveram nos Estados Unidos, onde representaram nossa cidade e o estado na Genius Olympiad: uma competição internacional de projetos de ensino médio sobre questões ambientais, fundada e organizada pela Terra Science and Education, com sede no Rochester Institute of Technology. Durante 15 dias, a equipe vivenciou uma programação intensa e enriquecedora. Em Rochester, Nova Iorque, participaram da Genius Olympiad, onde assistiram à abertura, apresentaram seus trabalhos e participaram de uma feira cultural que reuniu 67 países e celebrou a diversidade global.
Como parte de um itinerário cultural, visitaram as Cataratas do Niágara e participaram da premiação dos trabalhos. Posteriormente, exploraram a cidade de Nova Iorque, visitando locais icônicos como o Harlem, Museu Nacional de História Natural, Times Square e a Estátua da Liberdade. A programação continuou em Washington, D.C., com visitas ao Congresso Nacional, Biblioteca do Congresso, Casa Branca e vários museus.
A oportunidade surgiu após a participação na Feira Mineira de Iniciação Científica (Femic) em novembro de 2023, onde o trabalho do Núcleo Nupeaas recebeu a nota máxima em todos os critérios de avaliação e conquistou o primeiro lugar geral na categoria Linguística, Letras e Artes. O reconhecimento incluiu bolsas de Iniciação Científica PIBIC/CNPq, convite para publicação na Revista Científica Protagonista e credenciais para a Genius Olympiad.
O projeto apresentado, intitulado "Do Outro lado do espelho, Narrativas de Nós e poéticas do Corpo, nas (as)pirações da juventude periférica - audiovisual, mídia e contribuições para uma sociedade antirracista", foi elaborado pelos alunos Ana Clara da Silva Guimarães Ascendino (17 anos, 3º ano do EM), Alexandre Resende Braga (16 anos, 2º ano EM) e Giovanna Gabriella de Souza (16 anos, 2º ano EM), sob a orientação dos professores Gislaine Maria Barbosa Antunes (Artes) e Aloísio da Silva (Filosofia e Sociologia). A experiência foi custeada pelo Estado de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Educação.
Transformando vidas pela educação
Conforme explicam os professores Gislaine Antunes e Aloísio da Silva, a Iniciação Científica é aberta a todos os alunos que queiram participar. “O projeto existe desde 2017, com iniciativa da professora Gislaine, responsável pela inscrição e orientação da pesquisa desde então. O professor Aloísio ingressou na pesquisa desta edição 2023/2024”, explicam. “O núcleo conta com a participação de 12 alunos oficialmente. Desses, Ana Clara, Alexandre e Giovanna desenvolveram o trabalho que foi apresentado na Femic e contemplado com vários prêmios”, detalham.
Para o grupo, representar uma escola pública de Minas Gerais, apresentando o projeto em inglês em um evento internacional, foi um grande desafio. “Pudemos ter contato com pessoas de variadas culturas, jeitos de ser e percepções de mundo. Apesar da maioria dos alunos presentes ser de instituições privadas, vimos que não há como construir um país forte e promissor sem o comprometimento com uma educação de qualidade, criativa e motivadora, que desperte nos estudantes sonhos e desejos de ir sempre além, na busca da excelência nos estudos e na pesquisa”.
Potência na educação pública
Os alunos também compartilharam suas impressões sobre a viagem. Ana Clara Guimarães, aluna da GB desde o 1º ano do ensino fundamental, se sente feliz e orgulhosa por ver sua escola alcançando um destaque tão positivo: “Como estudante-pesquisadora da Iniciação Científica Nupeaas desde a sua 2ª edição, sei o quanto trabalhamos para alcançarmos um lugar tão alto. Em 2022, quando conseguimos ir a Brasília apresentar nosso projeto, acreditei que tínhamos alcançado nosso auge. Hoje, com a Iniciação e também graças à educação, fui a outro país pela primeira vez, e afirmo, com convicção, que ainda há muito o que conquistar”.
Para Alexandre, ir a Nova Iorque apresentar o projeto na Genius Olympiad foi uma experiência de magnitude indescritível: “Graças ao empenho e dedicação de todos nós, foi possível chegar lá. Levar o nome da escola estadual Geraldo Bittencourt, do nosso estado e país, é uma responsabilidade enorme. Sinto-me feliz por orgulhar quem nos apoia e viabiliza esse tipo de oportunidade”. Giovanna também trouxe na bagagem experiências memoráveis e descobertas fascinantes. “Esses dias de vivências únicas, aprendizados enriquecedores e momentos especiais em Nova York e Washington tornaram essa viagem uma experiência verdadeiramente inesquecível. Cada destino visitado deixou sua marca em minha trajetória e me proporcionou um olhar renovado sobre a diversidade cultural e histórica desse país fascinante”, revela.
Sobre o Projeto de Iniciação Científica
Conforme explica a diretora Ivana Neves, o programa de Iniciação Científica na Educação Básica tem grande importância no desenvolvimento dos estudantes, contribuindo para a evolução intelectual e social. “A iniciativa desenvolve o pensamento crítico, estimula a curiosidade pelo conhecimento e a autonomia, promovendo a cultura científica e preparando o estudante para o curso superior. Na escola estadual Geraldo Bittencourt, o programa é um sucesso desde o início, em 2017. E continuamos a colher frutos promissores, pois o empenho dos professores e estudantes é notório, trazendo um resultado positivo na redução das desigualdades educacionais e oportunizando um aprendizado avançado para todos os estudantes, independentemente da sua origem socioeconômica”, conclui.
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Postado por Rafaela Melo, no dia 15/07/2024 - 19:20