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Região


Queimadas assombram o Alto Paraopeba e Bombeiros já atenderam a mais de 100 chamadas

De acordo com o tenente Daniel Guimarães, os bairros mais afetados são Santa Matilde, São João, Progresso, Novo Horizonte e Gigante



foto: Edmilson Dutra


Segundo o comandante, a principal causa das queimadas é a ação humana

Estamos apenas no início do período de queimadas, que vai de maio a outubro, mas ainda assim, é difícil achar na cidade quem não tenha presenciado ou sofrido os seus efeitos. De acordo com o comandante da Com­panhia dos Bombeiros em La­faiete, tenente Daniel Luiz Ro­drigues Gui­marães, entre janeiro e junho, a corporação já foi acionada para conter as chamas em 102 incêndios. Os bairros mais afetados são o Santa Matilde, São João, Progresso, Novo Horizonte e Gigante.

E isso sem contar aqueles que começam e terminam sem a intervenção da corporação, mas ainda assim, deixam seus estragos: “Além de prejudicar o meio ambiente, pois agravam ainda mais a baixa umidade do ar e a poluição local, as queimadas podem perder o controle e provocar um grande incêndio, seja em uma unidade de conservação ou dentro do município, afetando residências ou outras estruturas”, alerta.

Ainda segundo o comandante, a principal causa das queimadas é a ação humana: pessoas que intencionalmente ateiam fogo em vegetação seca com a intenção de fazer limpeza de suas terras/lotes. A segunda causa mais comum é acidental – porém, ainda humana - como fogueiras mal apagadas, incêndio em veículos próximo a vegetação seca ou pontas de cigarros tratadas com displicência. E, por último, no Brasil, vêm as causas naturais, como raios.

Essas situações, aliadas às condições climáticas, agravam os riscos às pessoas e ao meio ambiente. Também é importante destacar o caráter criminoso de algumas ações. Segundo a Lei Federal 9.605/98, que tipifica os Crimes Ambientais, provocar incêndio em mata ou floresta é crime, com previsão de pena de reclusão de 2 a 4 anos e multa. Essa pode até não ser a intenção inicial de quem riscou o fósforo, mas não são raras as situações em que as chamas saem do controle:

“Entre maio e outubro, temos uma umidade relativa do ar mais baixa, maior incidência de ventos, longo período sem chuvas e, durante o dia, temperaturas elevadas. Essas condições fazem com que a vegetação fique mais seca e, consequentemente, mais suscetível a incêndios. Tais fatores, aliados à ação negligente, ou mesmo criminosa, de algumas pessoas, favorecem a ocorrência de incêndios em vegetação”, alerta.
“O rápido acionamento garante a mobilização das equipes para o combate ao incêndio e minimiza os prejuízos causados ao meio ambiente”, conclui o tenente.

Para denúncias contra queimadas, as ligações podem ser feitas para o Corpo de Bombeiros Militar (193), Polícia Militar (190) e o Disque De­núncia Unificado (181). A identidade do denunciante é mantida em sigilo.




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Postado por Nathália Coelho, no dia 08/07/2024 - 18:20


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