reprodução internet
A Cerâmica Saramenha, originária de Portugal, é produzida no Brasil há mais de 200 anos. Produzida por Mestre Bitinho, reconhecido como o último guardião desta técnica em Minas Gerais, que transmitiu seus conhecimentos para Mestre Leonardo. Atualmente, o projeto visa perpetuar essa tradição buscando novos discípulos que possam assumir esse valioso legado. A técnica envolve o uso de barro coletado durante a lua minguante, o trabalho manual na roda de tornear de madeira, e a queima das peças em forno específico. O processo não apenas preserva uma arte milenar, mas também fortalece a identidade cultural da região.
Atualmente, o projeto não só ensina a técnica a novos aprendizes, mas também promove palestras, visitas guiadas e vivências escolares para divulgar a importância histórica e cultural da Cerâmica Saramenha. O objetivo é formar novos discípulos, que continuem a tradição e garantam que essa forma de arte continue a ser apreciada e preservada por futuras gerações.
Preservar e valorizar o patrimônio imaterial mineiro: a Cerâmica Saramenha. Este é o principal objetivo das atividades realizadas no projeto “Cerâmica Saramenha II”, que iniciou em 2023. E, para preservar e valorizar, é preciso divulgar: por meio do projeto, pessoas das mais diferentes idades, credos, etnias — ou qualquer outra situação que as classifique — são foco de ações que buscam apresentar a Cerâmica Saramenha.
O lançamento do livro ‘Cerâmica Saramenha — Escrituras da Louça Vidrada’, pelo Mestre Leonardo Ricart, é um marco na preservação e valorização do patrimônio cultural, documentando a história e a técnica da Cerâmica Saramenha e mantendo vivas as tradições.
O projeto Cerâmica Saramenha II tem realização do Governo de Minas, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, com o patrocínio da Gerdau e a gestão e produção da Adesiap Minas.
A Cerâmica Saramenha foi trazida de Portugal para o Brasil pelo padre José Joaquim Viega de Menezes, por volta do início dos anos 1800. Uma fábrica da cerâmica foi estabelecida na região de Vila Rica, na Chácara Saramenha, e seu nome vem disso.
Ela tem por características os tons amarelados, com pontos esverdeados, amarronzados e negros, cores que se constituem a partir de chumbo e de óxidos metálicos, como o cobre, o ferro e o manganês. Outro traço que a identifica é a queima realizada em baixa temperatura, que atinge, no máximo, 1000 ºC.
A matéria-prima encontrada na região é o que define as características que distinguem a Saramenha das demais cerâmicas: é um barro escuro, quase preto. Por conta dele, é uma cerâmica que não utiliza tinta, nem verniz. Seu brilho final são pigmentos metálicos, os óxidos. E na segunda queima aparece o aspecto de vitrificação.
Saiba mais sobre o projeto em: https://www.ceramicasaramenha.art.br/
Serviço
**Lançamento do livro “Cerâmica Saramenha - Escrituras da Louça Vidrada”**
- **Autor:** Mestre Leonardo Ricart
- **Local:** Hotel Verdes Mares - Salão Ouro Preto
- **Data:** 10 de julho de 2024
- **Horário:** 19 horas
- **Realização:** Governo de Minas, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura
- **Patrocínio:** Gerdau
- **Gestão e Produção:** Adesiap Minas
Texto: Nathália Souza
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Postado por Nathália Coelho, no dia 05/07/2024 - 11:20