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Política


Reaproximando Lafaiete de suas raízes: um chamado à nossa história



Foto: Divulgação

Vereador Erivelton Jayme reflete sobre a importância de valorizar e perpetuar a história de Lafaiete

Erivelton Jayme
Vereador

Ando refletindo sobre algumas coisas e tenho percebido o quanto estamos desligados da nossa saudosa história. Estamos nos afastando de nossas raízes, esquecendo o valor de nossa história e cultura. Desde os anos 2000, o município, junto a diversos voluntários, tem se empenhado em trazer mais de 50 atrações de teatro anualmente, para todos os espaços da cidade. O Festival de Artes Cênicas de Conselheiro Lafaiete (FACE) é um dos maiores festivais de teatro do país, e muita gente sequer se lembra disso.
Ainda temos momentos históricos importantes, como a 'Batalha de Queluz' e o movimento revolucionário armado, que tomou lugar em 1842, nas principais províncias imperiais de São Paulo e Minas Gerais. Este ano, completam-se 182 anos desse conflito, que marcou nossa história. Queluz, nossa atual Conselheiro Lafaiete, teve um papel crucial nesse evento, sendo os lafaietenses cruciais para a vitória, acendendo a chama revolucionária dos liberais mineiros, mesmo quando os revoltosos paulistas já haviam sido derrotados, pelo futuro Duque de Caxias. Contudo, quantos de nós realmente conhecemos essa história? Quantos a compartilham com seus filhos, com seus vizinhos?
E não é apenas a Revolução que esquecemos. O Quilombo do Mato-Dentro, onde as famílias remanescentes receberam, em 2007, o certificado de autenticidade, é outro marco histórico de nossa cidade que merece ser lembrado e honrado. Como podemos esquecer das lutas e das vidas que marcaram nossa terra?
E o que dizer das nossas famosas violas de Queluz? De fabricação artesanal, inspiradas nas violas toeiras de Portugal, essas violas foram registradas como um patrimônio imaterial da nossa cidade. As famílias Salgado e Meirelles, que se destacaram e ainda se destacam na confecção dessas violas, são parte de nossa identidade.
Meus amigos, a história de Conselheiro Lafaiete é rica, é vibrante, é nossa. Mas, se não a comunicarmos, se não a repassarmos, corremos o risco de perder o orgulho de ser lafaietense. Precisamos valorizar nossas raízes, compartilhar nossas histórias e celebrar nossa cultura. Só assim poderemos nos aproximar de nossa identidade e manter viva a chama do nosso legado. E essa questão não se trata apenas de investimento e funcionamento do setor de cultura no município, que inclusive merece grande reconhecimento, por fazer tanto com poucos recursos. Essa questão é um verdadeiro levantamento íntimo, que deve partir de cada um de nós, levando de “boca a boca”, para as novas gerações, um pouco da nossa identidade, fazendo a ponte dos jovens com nosso passado. Por fim, deixo um questionamento: quando foi a última vez que você contou a alguém mais jovem um pouco da nossa história?




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Postado por Rafaela Melo, no dia 13/06/2024 - 18:12


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