Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Um estudo abrangente sobre violência contra idosos no Brasil revelou um aumento alarmante no número de denúncias entre 2020 e 2023. Conduzida por Alessandra Camacho, da UFF, e Célia Caldas, da UERJ, a pesquisa analisou dados do painel de dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos do ministério dos Direitos Humanos e Cidadania.
Ao todo, foram notificadas 408.395 mil denúncias nesse período, com uma significativa escalada em 2023, contrariando as expectativas de queda. Alessandra destacou que o aumento das denúncias já vinha ocorrendo antes da pandemia, atribuindo parte desse movimento ao crescente engajamento da sociedade em reportar casos de violência.
A análise do perfil dos idosos revelou que a região Sudeste concentrou a maioria das denúncias, seguida pelo Nordeste. Mulheres e pessoas de raça branca foram os grupos mais afetados, e os filhos foram frequentemente identificados como suspeitos.
A pesquisa também destacou a vulnerabilidade dos idosos mais velhos, acima de 80 anos, apresentando o maior percentual de denúncias. Questões de gênero e raça também foram abordadas, evidenciando a desigualdade existente nesses aspectos.
Diante desse cenário preocupante, Alessandra enfatizou a importância de políticas públicas eficazes e canais de denúncia acessíveis, como o Disque 100. Uma iniciativa destacada foi a publicação de uma cartilha informativa sobre violência contra idosos pela UFF em parceria com a UERJ.
Para dar mais visibilidade ao tema, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu junho como o mês da conscientização da violência contra a pessoa idosa, visando promover ações e medidas para combater esse grave problema social.
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Postado por Sônia da Conceição Santos, no dia 09/06/2024 - 15:25